Desigualdade social no Brasil

Brás cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas “memórias póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura de muitos brasileiros frente a desigualdade social é uma das faces mais perversas de uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, a problemática persiste intrinsecamente ligado à realidade do país, seja pela falta de acesso à educação de qualidade, seja pelo grande número de desempregos.
Primeiramente, é importante ressaltar que a quantidade de materiais distribuídos pelo governo na rede pública de ensino não são suficientes, pois existe uma demanda maior do que a estabelecida. Isso contribui para a precariedade do aprendizado visto que muitos alunos ficam sem acesso ao conteúdo lecionado, contrariando assim o artigo da Constituição Federal que ” educação é direito de todos e dever do Estado”.
Ademais, fica evidente que a falta de capacitação profissional é uma das causas colaborativas para que o índice de desemprego aumente entre as populações mais carentes, pois fatores como: dificuldades em se expressar, em fazer contas e falta de conhecimentos básicos em informática são obstáculos às contratações na sociedade brasileira.
Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Ministério da educação promova em cada Estado pesquisas sobre a quantidade de alunos matriculados em escolas públicas, com o intuito de garantir a distribuição de materiais para todos os alunos da rede pública de ensino, cumprindo assim, o artigo da Constituição Federal sobre educação. Além disso, o governo Federal deve ampliar o número de cursos profissionalizantes destinados a pessoas de baixa renda, a fim de inseri-las no mercado de trabalho.