Desenvolvimento Social: voluntariado nas escolas

Émile Durkhein estabelece o conceito de solidariedade, consenso entre os cidadãos que designaria seus papéis na sociedade. Entre as mais complexas prevaleceria a solidariedade orgânica, onde o individualismo se faz presente e a vida atarefada e competitiva impediria os sujeitos de assistir uns aos outros, sendo a competição incentivada desde cedo nas escolas. Para diminuir essas disputas, tem-se buscado auxilio de forma desinteressada, o chamado voluntariado.

Primeiramente, conceitua-se trabalho voluntário como o conjunto de ações sociais sem interesse monetário, podendo ocorrer nos mais diversos seguimentos, áreas carentes, escolas, lares de idosos e vários outros. Tendo como objetivos a integração e a empatia, o voluntariado é vantajoso para os dois lados, uma vez que instituições que o incentivaram tiveram um desenvolvimento de senso de liderança, descoberta de novas aptidões e aumento de empatia de seus colaboradores, habilidades extremamente requisitadas no mercado de trabalho e que deveriam ser exploradas desde cedo nas escolas.

Nesse contexto, é possível usar como exemplo o método de avaliação das universidades estadunidenses e de alguns países europeus, em que não somente as notas são levadas em conta, mas, entre outros quesitos, as atividades extracurriculares, dentro delas o trabalho voluntário. Totalmente oposto ao sistema utilizado nas escolas brasileiras, em que a aprovação e as boas notas são os únicos objetivos, onde, em um país extremamente desigual, tem-se um ambiente propicio a inserção de ações afirmativas.

Dessa forma, o voluntariado é um ato que permite evolução em vários sentidos e deve ser aplicado nas escolas, pois pode transformar os cidadãos de um país. Para isso, os Ministérios da Cidadania e da Educação devem se unir, buscando a inserção e o incentivo de atividades extracurriculares e, através dessas, trabalho voluntário, que pode ser a leitura para idosos ou crianças, doar roupas, livros, brinquedos a creches e escolas, ajudar ONGs que cuidam de animais vítimas de abandono e maus tratos, entre outros. Assim, poderemos mudar a visão de Durkhein acerca de nossa sociedade, substituindo o individualismo por empatia.