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Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar interesses em conflito?

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No documentário Cowspiracy é mostrada as consequências ambientais da agropecuária intensiva através do prejuízo a rios e ao aumento de gases do efeito estufa. Entretanto, tendo em vista que o crescimento econômico é sustentado não só pela indústria como também pelo setor primário, medidas devem ser pensadas a fim de conciliar preservação a desenvolvimento.

Primeiramente, ao falar em economia e sustentabilidade, costuma-se apresentar a indústria como principal interferente, desde pela sua pegada hídrica (termo referente a quantidade hidrográfica gasta que não vemos), até a emissão de gases; porém, esquece-se a atuação da agropecuária que utiliza um número exorbitante de água na irrigação e alimentação dos animais – cerca de 2.500 litros para 1kg de carne, segundo o documentário.

Além disso, vale postular o desinteresse em diminuir a emissão de poluentes causadores do efeito estufa. Estes gases provocam o aquecimento global afetando diretamente biomas. Na agricultura, vemos isso a partir da utilização de máquinas (que emitem CO2) e a criação de gado, em particular das vacas – Isto pois durante o processo de digestão, seu intestino produz o gás metano, um dos mais potentes e maléficos à saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Logo, sabendo que ambos principais setores da economia causam efeitos negativos, é dever do Ministério do Meio ambiente – órgão responsável por projetos ligados a natureza – realizar e incentivar práticas ambientalistas por meio da plantação de árvores e diminuição de poluentes a fim de compensar a interferência humana e conciliar a sustentabilidade aos interesses econômicos, que são inegavelmente essenciais para o desenvolvimento do país.

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2 Correções

  1. I – Repertórios. II – Aprofundamento argumentativo. III – Constatação ou Proposta? IV – Norma culta.

    I – Se eu não estiver enganado, o seu desafio continua sendo argumentativo, e não porque a argumentação desta aqui tenha ficado ruim, mas porque os argumentos estão tão específicos (documentário, dados, conceito biológico…) que eu me dou a liberdade de considerar que foram frutos de leituras direcionadas ao tema. Sendo esse o caso, a questão da C2 – argumento baseado em texto de apoio – persiste.

    Eu tenho as minhas dúvidas se o respaldo precisa ser demonstrado. Do tipo, “vacas contribuem para o aquecimento global” precisa de um “segundo a oms” para ter o seu respaldo verificado, se ele existe independentemente da oms?

    Esse é um problema que eu adoraria tratar com meus professores e não posso mais, mas é algo que talvez ajudasse os candidatos a se desprenderem em temas com os quais têm pouca intimidade, e eu não acredito que dê para estudar todas as possibilidades de tema em um ano – a chance de ser um tema desconhecido é grande.

    De toda forma, a minha orientação é ler livros com autores e conceitos mais amplos/gerais, ou seja, que possam ser trabalhados em vários temas. Isso significa, então, pensar nas matérias (biologia, sociologia, história, economia, psicologia etc.) e buscar nelas um conceito que você domine e, por conseguinte, consiga aplicar produtivamente.

    Como falei, o problema obviamente não são os repertórios apresentados neste texto, mas a minha hipótese de você seguir precisando dessas muletas. Se puder me tranquilizar, agradeço uma resposta sobre isso que acabei de pontuar.

    II – A produtividade é o desfecho do parágrafo argumentativo, e é onde você demonstra uma habilidade em retomar a ideia principal do parágrafo – que você deve posicionar como tópico frasal (a frase curta do 3º parágrafo) nos dois parágrafos de desenvolvimento.

    Essa produtividade são as consequências daquilo que foi argumentado, o tal do “logo”, que pode ser uma ratificação do argumento, demonstrando/reforçando a sua pertinência, ou pode ser um encaminhanto da proposta, reforçando a ideia da prórpia tese de que “medidas devem ser pensadas”.

    Enfim, essa produtividade/desfecho ficou faltando nos dois parágrafos de desenvolvimento, com um detalhe: demonstrar a relevância da emissão de gases não me leva a concluir pelo desinteresse em diminui-la. Então, é importante pensar nesse “e daí?” que faltou nos dois argumentos até pra perceber se de fato você está conduzindo bem a ideia exposta, e isso é pra ser resolvido lá no planejamento de texto.

    IV – O manual dos corretores faz uma diferença entre propor claramente uma intervenção e constatar um fato. Tem que ser muito babaca, eu sei, pra tirar ponto nessa sua construção, mas, em todo caso, opte por escrever “o Agente deve”, “é necessário que o Agente realize”, para evitar qualquer problema em relação a isso, sobre o que, a propósito, desconheço qualquer relato de perda de ponto.

    V – Abaixo, todos os erros e sugestões de norma culta que eu posso dar aqui-e-agora:

    No documentário Cowspiracy(1) é mostrada(2) as consequências ambientais da agropecuária intensiva através do prejuízo a rios e ao(3) aumento de gases do efeito estufa. Entretanto, tendo em vista que o crescimento econômico é sustentado não só pela indústria como também pelo setor primário, medidas devem ser pensadas a fim de conciliar preservação a(4) desenvolvimento.

    1 – Aspas;

    2 – Qual é o sujeito disso, Cris? Já falei sobre os problemas da inversão, pode ver lá;

    3 – O complemento daqui refere-se ao “através de” e não ao “prejuízo a”;

    4 – Comer palavra, mesmo que a gente perceba que foi distração, é um erro grave.

    Primeiramente(1), ao falar em economia e sustentabilidade, costuma-se apresentar a indústria como principal interferente, desde pela(2) sua pegada hídrica (termo referente a(3) quantidade hidrográfica gasta que não vemos)[4], até a emissão de gases; porém, esquece-se a atuação da agropecuária(5) que utiliza um número exorbitante de água na irrigação e(6) alimentação dos animais – cerca de 2.500 litros para 1kg(7) de carne, segundo o documentário. (8)

    1 – Eu odeio corrigir o “primeiramente”, mas ele pode ser considerado um erro, até porque ninguém aceita o “segundamente”, e há razões; portanto, evite-o no Enem;

    2 – Ahh, aqui tu esqueceu de apagar alguma coisa – esquecer de riscar também é grave;

    3 – Faltou a crase;

    4 – Evite qualquer construção com parênteses, que sempre trazem uma informação irrelevante para a compreensão do texto – opte sempre pelo travessão, que serve para trazer uma informação nova e relevante argumentativamente;

    5 – Faltou vírgula;

    6 – Comeu o “na” – repita os artigos e as preposições numa enumeração, sem dó.

    7 – Preciso dizer qual é o erro? UM QUILOOOO;

    8 – Frase gigante que se fez parágrafo, completamente desnecessário! Isso é considerado um erro e, se for uma estrutura predominantemente observada no texto, sua nota não poderá passar de 120 pontos na C1. Entendeu o tamanho do problema, né?

    Além disso, vale postular(1) o desinteresse em diminuir a emissão de poluentes causadores do efeito estufa. Estes(2) gases provocam o aquecimento global(3) afetando diretamente biomas. Na agricultura, vemos isso a partir da utilização de máquinas (que emitem CO2)[4] e a(5) criação de gado, em particular das vacas – Isto(6) pois(7) durante o processo de digestão, seu intestino produz o gás metano, um dos mais potentes e maléficos à saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde.

    1 – “Postular”, pelo menos no mundo jurídico e no meu dicionário, é “pedir”. Meu conselho mais sincero possível: não inventem. Não tem por que usar no enem palavras menos usuais no cotidiano;

    2 – Esses. Num texto, raríssimas vezes você usará “este”, que não faz retomada, mas aponta para o que virá adiante;

    3 – Vírgula antes do gerúndio é quase sempre uma pedida. Em todo caso, dê uma estudada nisso, há sutilezas nesta norma que eu não vou conseguir tratar aqui;

    4 – Mesmo problema entre parênteses e travessão;

    5 – Da. Faltou trazer a preposição junto;

    6 – Isso;

    7 – Soa errado, mas não tenho muita certeza do porquê; todo “pois” que não vem precedido de vírgula me parece errado, mas tenho limites de conhecimentos linguísticos kkkk. Quem descobrir, por favor, pode me avisar. Na dúvida, “isso porque” – combinado?

    Logo, sabendo que ambos(1) principais setores da economia causam efeitos negativos, é dever do Ministério do Meio ambiente – órgão responsável por projetos ligados a natureza – realizar e incentivar práticas ambientalistas(2) por meio da plantação de árvores e diminuição de poluentes(3) a fim de compensar a interferência humana e conciliar a sustentabilidade aos interesses econômicos, que são inegavelmente(4) essenciais para o desenvolvimento do país. (5)

    1 – Pode colocando o artigo aqui – ambos os;

    2 – Essa vírgula parece opcional, mas numa frase gigante, é de bom tom colocá-la, até pra facilitar o trabalho de identificação pelo corretor;

    3 – Idem;

    4 – Evite esse tipo de palavra: preze pela humildade intelectual, sob o risco de falar algo errado e causar um desgosto profundo no seu corretor;

    5 – Segunda frase gigante. O manual é malandro/burro. Pegou um exemplo com 5 parágrafos, aí definiu a predominância como o texto que tem 3 parágrafos com o período único. Não sei o que fariam no seu caso, e como devo ser malvado, aplicaria o 120 na C1, mas a tua sorte é que eu não vou dar nota, ela é irrelevante pra você, porque você sabe quando erra e quando acerta.

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  2. Olá, tudo bem?
    Eu não sou profissional na correção, mas vou tentar te ajudar com o que eu sei.

    Competência 1: Domínio da norma padrão da língua portuguesa.
    Evite usar gerúndios.
    Nota: 180

    Competência 2: Compreensão da proposta de redação.
    Nota: 200

    Competência 3: Seleção e organização das informações.
    Nota: 200

    Competência 4: Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto.
    Nota: 200

    Competência 5: Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos.
    Sua conclusão foi muito boa, trouxe os 5 itens necessários, mas é sempre bom começar com um tópico frasal, por exemplo: “urge, portanto, a necessidade de combater essas problemáticas”. Além disso, retomar alguma parte do texto também é bem importante.
    Nota: 100

    Você argumenta muito bem, traz ótimos repertórios e produz uma conclusão completa com os 5 itens. Parabéns, nota: 880

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