Com a globalização e a revolução técnico-cientifica, a indústria farmacêutica se destaca no cenário mundial, bem como o uso de remédios chegou a um considerável patamar. Nessa óptica, em função dos malefícios do descarte de medicamentos de forma inadequada no Brasil, é mister ações de mitigação, realidade que está acontecendo no país por duas causas principais, a negligência governamental e a falta de consciência da população.
A princípio, observa-se que os governantes não estão proporcionando políticas de erradicação ou amenização da problemática, que certamente gera consequências negativas ao meio ambiente e à saúde dos seres vivos. Tal descaso do Estado, seja porque eles não estão sabendo gerenciar uma nação o melhor possível e há um deficit de conhecimento de como podem proceder em casos de poluição ambiental, como nesse caso, o descarte inadequado de medicamentos. Assim, o que ocorre no país, configura o conceito de “cidadão de papel”, termo cunhado pelo jornalista brasileiro Gilberto Dimenstein, no qual, aborda que as leis existem somente no papel, mas, na prática, não é isso que acontece de fato, uma vez que, consta na Constituição Federal de 1988, que o governo deve assegurar direitos indispensáveis à população bem como no desenvolvimento sustentável do país, realidade que não ocorre, pois, não é visto políticas públicas energéticas para tentar reverter o impasse descrito anteriormente.
Ademais, os próprios brasileiros não colaboram na resolução da questão. Por esse ângulo, Aristóteles, grande pensador da antiguidade, defende a importância do conhecimento para obtenção da plenitude da essência humana, nessa perspectiva, ao invés dos cidadãos pensarem criticamente e racionalmente acerca da sua condição humana e, na preservação do meio ambiente, bem como agirem conforme se deve, parece que boa parte deles não fazem isso. Logo, sem a plenitude aristotélica e a informação, muitos cidadãos acabam degradando o meio ambiente.
Portanto, tendo em vista do posicionamento assumido, o Ministério Público deve desenvolver planos que possam contribuir na erradicação do problema e o Ministério da Educação deverá elaborar campanhas de conscientização e informação e, caberá à população descartar medicamentos conscientemente, essas ações deverão ser realizada por meio de investimentos e apoio de especialistas, como engenheiros ambientais e professores, com o objetivo de acabar com a prática de jogar remédios em lugares não apropriados. Dessa maneira, com o cumprimento dessas metas é provável que a sociedade seja mais culta e o país mais sustentável.
Abigail
Introdução: O tema foi apresentado e problematizado. Os dois argumentos que serão tratados nos desenvolvimentos foram inseridos, o que contribui para o projeto de texto. Por uma questão de organização, para deixar a leitura mais fluida sem tantas vírgulas, acho que ficaria melhor ter dividido a segunda frase em duas: “…é mister ações de mitigação. Acerca disso, tal realidade está acontecendo no país por duas causas principais:…”.
Desenvolvimento 1: O tópico frasal resumiu bem o que será abordado no parágrafo. Na segunda frase, ao usar o “seja” faltou você dar continuidade a ideia: “Tal descaso do Estado ocorre seja por _____________ ou por _______________.” Foi feito um uso produtivo do repertório sociocultural. A terceira frase ficou bem longa, prefira usar períodos mais curtos para não deixar a leitura complicada. Você cita “políticas públicas energéticas”, mas não entendi a relação disso com o problema do descarte de medicamentos, o mais adequado seria algo relacionado ao tratamento das águas e do lixo. Para encerrar o parágrafo, é aconselhável fazer uma breve conclusão do que foi escrito.
Desenvolvimento 2: Acho que ficaria melhor terminar a citação com um ponto e iniciar uma nova frase: “… humana. Nessa perspectiva,…”. O parágrafo em nenhum momento cita a questão dos medicamentos ou como a população contribui para esse impasse (talvez descartando medicamentos em vasos sanitários), e isso acabou deixando essa parte do texto superficial.
Conclusão: O certo seria: “…tendo em vista o…”. O Enem exige uma proposta de intervenção com 5 elementos: agente, ação, modo, finalidade e detalhamento. Como você colocou três agentes e três ações no início, deu a impressão de que iam ser apresentadas três propostas distintas. Apesar de ter apresentado os 5 elementos, recomendo você colocar uma proposta completa com um agente sozinho ou em parceria com outro, e em seguida (se precisar) outra proposta que não precisa ter os 5 elementos.
Nota: 900
Competência 1: 160
Competência 2: 200
Competência 3: 160
Competência 4:180
Competência 5: 200