Desastres ambientais: qual o preço do desenvolvimento?

No livro “o cidadão de papel”, Gilberto Dimenstein fala sobre como, no Brasil, a cidadania não é concretizada: o que está nos textos e nas leis, não é feito na realidade. Nesse sentido, todos os seres humanos têm direito ao meio ambiente equilibrado. Porém, isso não é colocado em prática, pois a busca por lucro e a valorização do material em detrimento à natureza, sempre estarão em primeiro plano.

Em primeiro lugar, é importante destacar a busca por lucro a qualquer custo, sem calcular os impactos que isso pode causar. Tal realidade foi vista em Mariana, quando uma barragem da empresa de mineração Samarco rompeu, destruindo moradias e afetando a fauna e a flora local. Desse modo, o paradoxo entre o progresso lucrativo e a destruição, traz em evidência a reflexão de que mudanças precisam ocorrer no comportamento irregular do homem sobre a vida.

Outrossim, é a valorização do mundo material. A linha entre o consumismo e a desvalorização da natureza é muito tênue e isso acaba custando vidas e mostrando uma reação negativa da terra. Segundo Thomas Hobbes “o homem é lobo homem”, já que, o homem tem poder de autodestruição. Nesse viés, optar por destruir o meio ambiente, é equivalente a destruir sua própria casa e a própria vida. E, é nessa busca desenfreada por coisas materiais e na ilusão de que o consumismo é capaz de suprir qualquer falta, que o ser humano acaba com seu habitat, acarretando desastres ambientais.

Em suma, faz-se necessário que o governo federal, por meio da criação de uma lei, aplique punições severas às empresas e aos indivíduos que cometeram qualquer ato que possa causar desastres. Além disso, é fundamental o oferecimento de fiscalização em locais de risco, principalmente onde praticarem a mineração. Assim, tem-se uma redução na possiblidade de que vidas sejam arriscadas devido a impunidade do país, e a constatação de que a população está em segurança.