Desastres ambientais: qual o preço do desenvolvimento?

No Brasil, a exploração de recursos naturais ocorre desde antes de seu descobrimento, como José de Alencar e outros autores do romance indianista mostraram, a relação entre o índio e a natureza sendo principalmente para subsistência e cooperação. Entretanto, no século XXI, o que predomina são as vontades do ser humano que visa desenvolvimento e lucro, sem se importar com as possíveis consequências para o ambiente natural.
Percebe-se a necessidade de primeiramente entender como ocorre a extração destes recursos, assim como compreender o quanto da natureza é na maioria das vezes desperdiçado. Vem-se retirando cada vez mais do que é realmente necessário, mostrando a sociedade de consumo globalizada onde não há consciência. Já em 1950, o analista de marketing norte-americano Victor Lebow escrevia que apesar de haver uma economia produtiva há a exigência de fazer do consumo um meio de vida, usando e descartando coisas numa velocidade cada vez maior.
Ademais, vários crimes contra a natureza são dolorosamente memoráveis, a exemplos, a destruição atômica de Hiroshima e Nagasáki no Japão, que deixou o ambiente radioativo por anos; a tragédia nuclear na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986; derramamentos de óleo no mar do Alasca, em 1989; dentre tantos outros desastres que não há como recuperar os danos.
Além de pensar no desenvolvimento, deve-se visar o desenvolvimento sustentável, já que, muitos dos recursos extraídos não são renováveis, além de que a própria natureza não é totalmente autorrenovável, e mesmo se fosse, ela não teria capacidade de regeneração diretamente proporcional à degradação causada.
Portanto, o ensino sobre a consciência no consumo deve-se iniciar no âmbito familiar e reforçado na escola, mostrando como ocorre a produção de determinados produtos e como o ambiente foi afetado com isso. As mídias sociais devem propagar através de seus meios que a vida não é baseada somente no consumo. Juntamente, o governo deve saber ponderar as causas e consequências da abertura de usinas e até mesmo a destruição natural de determinadas áreas, para assim, tentar prevenir os desastres naturais que afetam não somente a comunidade ao redor, mas destroem os recursos que são tão importantes e que estão ficando cada vez mais escassos.