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Desastres ambientais: Qual o papel do Estado na busca pela resiliência

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Em novembro de 2015, a população assistiu horrorizada à notícia do rompimento da barragem de uma mineradora na cidade de Mariana, Minas Gerais. Os impactos sociais e naturais gerados pelos rejeitos da mina foram sem precedentes, deixando um número expressivo de mortos, feridos e desabrigados, além de contaminar o ambiente com materiais tóxicos. Diante do exposto, cabe a reflexão acerca do papel do governo federal na elaboração de meios que visem a resiliência dos atingidos por desastres naturais, uma vez que o Estado brasileiro não fornece o amparo psicológico e socioeconômico necessários para as vítimas.

Primeiramente, é de suma importância apontar as causas que dificultam o processo de resiliência das pessoas afetadas pelos desastres. Sobre essas questão, pode-se recorrer ao exemplo da tragédia de Mariana. Nesse caso, a despeito dos esforços realizados pelas equipes de bombeiros, médicos e até pela própria mineradora, pouco se fez àqueles indivíduos impactados pelo acidente nos anos que se seguiram ao rompimento da barragem, fato esse que se refletiu na dificuldade que eles passaram na reorganização de suas vidas tanto no âmbito sanitário, quanto no socioeconômico. Em relação a isso, faz-se necessário ponderar que o auxílio aos desamparados é previsto como sendo função primordial do Estado pela Constituição de 1988.

Outrossim, é essencial analisar as consequências gerados pelo Estado brasileiro para com a população atingida. Dentre as mais importantes, pode-se citar os traumas relacionados aos episódios dos desastres, memorizados por aqueles que os viveram, uma vez que poucas pessoas são procuradas para receber o amparo psicológico adequado após situações como as mencionadas. Ademais, observa-se um grave problema em relação à moradia que, na maioria dos casos, já é precária antes mesmo do incidente, mas que agora acaba por se tornar inexistente para a maioria dos habitantes da localidade.

Portanto, depreende-se que ações governamentais são imprescindíveis no objetivo de mitigar o problema em questão. No que concerne a essa temática, é importantíssimo que o governo federal juntamente com estados e municípios desenvolvam programas sociais que visem o máximo desenvolvimento daqueles afetados por desastres naturais. Tais programas atuariam na forma de auxílio financeiro às famílias pelo período necessário a sua reorganização, bem como na forma de assistência médica e psicológica prioritária oferecida pelo SUS, pois, como já referido anteriormente, é papel do Estado proteger essas pessoas das adversidades que podem aparecer na vida dos cidadãos da nação brasileira.

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4 Correções

  1. Você fez uma boa introdução da temática, mencionando um acontecimento histórico e logo em seguida apresentou sua tese, com dois argumentos. Seriam esses: “desamparo psicológico” e “desamparo socioecônomico”? Você usou o conectivo “e” que é uma boa, mas fiquei com a impressão de que eles poderiam ter ficado mais claros, como, ao inveś de escrever: “… uma vez que o Estado brasileiro não fornece o amparo psicológico e socioeconômico necessários para as vítimas.”, poderia ser: “uma vez que o houve, por parte do Estado brasileiro, desamparo psicológico às famílias afetadas e descaso socioecônomico.” parabens

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  2. Olá, vou comentar sua redação com base no proposto pelo Enem.
    Na introdução você mostrou com clareza o repertorio fazendo alusão histórica ao rompimento da barragem de Mariana e sua tese, porém não destacou com ênfase os argumentos que seriam tratados no D1 e no D2. O trecho “Diante do exposto, cabe a reflexão acerca do papel do governo federal na elaboração de meios que visem a resiliência dos atingidos por desastres naturais” poderia ser encaixado como frase de retomada na conclusão, iria ser bem produtivo.
    No D1, seu argumento ficou posterior a todas as ideias, uma vez que vc citou a Constituição no final, seria uma boa reorganizar essa ordem a fim de ser mais objetivo. Me pareceu que vc rolou o texto todo apenas com base em um repertorio, isso pode custar nota uma vez que carece na C3.
    No D2, não há pontos negativos a se apontar apenas o desvio semântico na passagem “, já é precária antes mesmo do incidente”, obedecendo a concordância verbal, a conjugação correta seria “já ERA precária”
    Na conclusão eu não identifiquei com clareza o meio em que a proposta se daria, uma vez que vc redigiu o termo “em conjunto com…” dando a ideia que os estados e municípios seriam agentes assim como o Governo Federal. (Atenção ao uso de letra maiúscula ao citar órgãos federais”
    Em resumo
    C1=180
    C2=160
    C3=160
    C4=120
    C5=160
    NOTA:780
    BONS ESTUDOS!!

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  3. Olá Carlos Ruas, eu li sua redação e com base na cartilha do participante disponibiliza pelo Inep, analisei as cinco competências assim:

    C1: 200 pts (tem alguns erros gramáticais de concordancia, como aqui: “Sobre essas questão,…” seria “Sobre essas questões,…”).
    C2: 120 pts
    C3: 120 pts
    C4: 120 pts
    C5: 200 pts
    Nota Final: 760

    Observações:

    Você fez uma boa introdução da temática, mencionando um acontecimento histórico e logo em seguida apresentou sua tese, com dois argumentos. Seriam esses: “desamparo psicológico” e “desamparo socioecônomico”? Você usou o conectivo “e” que é uma boa, mas fiquei com a impressão de que eles poderiam ter ficado mais claros, como, ao inveś de escrever: “… uma vez que o Estado brasileiro não fornece o amparo psicológico e socioeconômico necessários para as vítimas.”, poderia ser: “uma vez que o houve, por parte do Estado brasileiro, desamparo psicológico às famílias afetadas e descaso socioecônomico.”

    Bom, parece que você inverteu a ordem dos desenvolvimentos dos argumentos nos dois parágrafos posteriores, discorrendo em primeiro lugar sobre o desamparo socioecônomico ao invés de ter trazido o desamparo psicológico aqui. Pode ficar confuso para o corretor da redação, e talvez desrespeite a estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Ah, assisti em um vídeo do Lucas Felpi (garoto que tirou 1000 na redação do Enem em 2018), que não é legal escrever “primeiramente” no D1, pelo menos não mais. Você poderia usar: “Em primeiro lugar”. Mais uma coisa, embora você coloque um acontecimento histórico, sinto que carece de um repertório diversificado (pra não repetir o mesmo citado na intrdoução) e respaldado como por exemplo; em livros ou notícias, figura de autoridade, dados estatísticos etc.

    – D2 com argumento trocado. Ainda falta um repertório para embasar os argumentos. Está me parecendo que tudo foi tirado da cabeça. Também há a inserção de um novo argumento; “Moradia precária”, sem que haja um desenvolvimento adequeado. Superficial.

    Na conclusão, você fez tudo bonitinho. Tem os cinco pontos essenciais (agente, ação, finalidade, modo e detalhamento).

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  4. A introdução está perfeitamente estruturada, os desenvolvimentos trazem uma problemática coerente com o tema e por fim a conclusão que cumpre o que se deve. O único “problema” na redação foi a introdução que não conteve um paragrafo curto como se deve, a estética de seis linhas ou mais são usadas no desenvolvimento

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