Desastres Ambientais: Amazônia e Pantanal “em chamas”

            Os desastres ambientais no Pantanal e na Amazônia estão diretamente ligados ao avanço desenfreado do aquecimento global. Aliado a isso, tivemos nos últimos anos uma péssima gestão ambiental no nosso país, o que só agravou ainda mais a situação. Esse cenário de descaso com nossos biomas precisa mudar urgentemente, pois é com políticas ambientais que conseguiremos combater essas queimadas tão prejudiciais ao meio ambiente.

            A Amazônia funciona como um humidificador não só do Brasil, mas também de grande parte da América do Sul, porém, o aquecimento global tem causado nos últimos anos o aumento da temperatura das águas dos oceanos. Isso faz com que não só a Amazônia, mas também outros biomas como o Pantanal, recebam menos humidade dos mares e assim fiquem cada vez mais secos e reféns das queimadas.

            Para o Pantanal, a maior planície alagável do mundo, a época de chuvas é crucial, pois é quando de fato ocorrem as cheias dos rios e lagoas e a biodiversidade local se renova.

            Além das questões climáticas, tivemos um agravante nos últimos anos de governo, ou desgoverno, pois não houve nenhum tipo de projeto criado ou aprovado para combater essa tragédia ambiental. O que ocorreu foram cortes de verbas de instituições como Ibama, ICMBio e Inpe. Em 2014 a verba repassada para o meio ambiente era de 13,1 bilhões, porém em 2021 caiu para 3,7 bilhões.

            Com o descaso do governo diante dessa situação, a fiscalização e aplicação de multas caiu drasticamente, inclusive com policiais militares intimidando instituições ambientais locais. Assim o agronegócio tem maior facilidade para realização de suas queimadas ilegais, tanto para limpar o solo para plantio na Amazônia, quanto para expandir suas fazendas agropecuárias de criação de gado no Pantanal.

            Toda essa situação tem um panorama muito preocupante, pois o Inpe tem registrado patamares históricos de incêndios em ambos os biomas. Precisamos de ações rápidas e efetivas que atuem tanto no âmbito de combater e amenizar os impactos do aquecimento global, quanto em apertar a fiscalização e aplicação de multas em áreas de queimadas ilegais.