Desafios para garantir a vacinação dos brasileiros

Em um entrevista a BBC, o médico Draúzio Varela salienta o quão difícil era o cotidiano brasileiro antes do descobrimento da vacina, além de deixar explícito as vantagens desse marco histórico. Entretanto, no Brasil, ainda existem desafios os quais colocam em dúvida a eficiência do hábito de vacinação, sobretudo, a negligência dos mais velhos movidos pelo senso comum e a falta de informação, bem como o desleixo para com doenças as quais possuem menores probabilidades de serem contraídas.

De acordo com J.Goebbels, político alemão, uma mentira contada 1000 vezes torna-se realidade. Nessa lógica, um dos principais imbróglios para promover o hábito de vacinação no país vai de encontro com a ideia de Goebbels, uma vez que o senso comum é disseminador de ideias a cerca de uma ”ilusória” ineficácia da vacinação.
Nesse sentido, os cidadãs mais velhos bem como os pais, são coagidos a crer que a isenção da vacinação não representa um risco para se e seus filhos, colocando-os em risco. Assim, é necessário haver maior transparência entre órgãos públicos da saúde e o corpo social para evitar a maculação das vacinas.

Em segunda instância, é importante pontuar que o descaso para com doenças as quais possuem menores chances de serem contraídas, causam desafios para promover-se a  vacinação. Por essa perspectiva, o corpo social tende a não tomar as medidas adequadas uma vez que uma doença ou outra possua poucos casos em sua região. Na entrevista supracitada, Dr.Draúzio explana que em uma  de suas viagens deixou de tomar vacina para febre amarela, devido a baixa ocorrência de casos no local que irá visitar, porém, desenvolveu a doença na viajem. Logo, é imprescindível fornecer informações para a população de tal modo que a vacinação seja um hábito e não somente uma necessidade.

Portanto, são necessárias medidas para mitigar a problemática. Para tanto, os órgãos da saúde são responsáveis pela emancipação da população quanto a vacinação, com o intuito de deixá-los cientes dos riscos da não vacinar-se. Isso pode ser feito pela abordagem temática nos postos de saúde em formas de palestras, e por visitas domiciliares de fiscais da saúde. Ademais, as escolas devem, com apoio do Estado, promoverem a vacinação em colégios com aviso prévio e autoridade dos pais. Assim, tanto crianças quanto os pais podem ser imunizados, além de promover o hábito de vacinação.