Desafios para combater a gravidez precoce no Brasil

Corrijo de volta!

Na série “A vida secreta de uma adolescente americana” retrata-se a história da personagem fictícia Amy Junergen, uma adolescente que enfrenta uma gravidez precoce e tem dificuldade de conciliar as obrigações escolares com a gestação. Fora da ficção, tal quadro problemático é comum na sociedade nacional, portanto, é necessário discutir acerca da maternidade na adolescência, bem como dos desafios que impedem sua contenção. Nesse contexto, ressalta-se os efeitos negativos sobre a escolaridade dos pais e a negligência governamental na questão.

Em primeira análise, esse panorama é danoso porque prejudica a formação escolar e profissional dos gestores da criança. De acordo com o Ministério da Saúde, a fecundação na juventude cresce conforme a escolaridade dos jovens decresce. Nesse sentido, é perceptível a relação entre a evasão escolar e a gravidez precoce, visto que muitos pais abandonam os estudos por não conseguirem cuidar do bebê e se dedicarem à escola ao mesmo tempo ou desistem de estudar para poder trabalhar e, assim, sustentar o filho. Essa educação precária colabora para que os pais não tenham acesso a boas oportunidades no mercado de trabalho nem se formem na profissão que desejam. Dessa forma, tal fenômeno é prejudicial à conclusão estudantil e por isso deve ser contido.

Entretanto, a inatividade estatal na problemática é um entrave ao controle dela. No livro “O Leviatã”, Thomas Hobbes defende que o Estado é o principal responsável por qualquer mazela social. Nessa perspectiva, evidencia-se a falta de atuação governamental no cenário brasileiro, uma vez que a gestação na adolescência é um infortúnio comunitário e não está sendo tratado com relevância pelo governo. Sob essa ótica, tal deficiência de ação política é refletida na carência de verbas destinadas à inclusão da educação sexual nas instituições educativas, assim como à formação de docentes para atuar nessa área. Dessa forma, a escassa quantia direcionada pelos políticos ao combate dessa gravidez inadequada é um obstáculo à limitação do revés.

Perante os fatos mencionados, providências precisam ser aplicadas para mudar a situação vigente. Com o objetivo de promover a prevenção da maternidade juvenil, o Ministério da Educação deve incluir o ensino sexual como disciplina obrigatória no currículo das escolas públicas e privadas, isso será feito mediante investimentos financeiros e capacitação de professores e educandários. Tal ação diminuirá a ocorrência de pais jovens no país, pois informará os estudantes sobre relações sexuais e formas de se prevenir, além de mostrar a importância de evitar a gestação não planejada. Sendo assim, casos como o de Amy Juergen serão cada vez mais incomuns no Brasil.