No filme “Up, Altas Aventuras”, o choque entre as realidades de um senhor de idade e uma criança demonstra a resistência à mudança por parte dos idosos. Fora das telas, é notória a semelhança do filme com o cenário atual, levando em conta a dificuldade da população da terceira idade para acompanhar avanços tecnológicos, evidenciando a importância de uma alfabetização tecnológica para esse grupo. Todavia, ainda há obstáculos para promover essa alfabetização, seja pela exclusão social dos idosos, seja pela inércia estatal para resolver essa problemática.
De início, a atual geração de idosos encontram dificuldades para aprender uma nova linguagem tecnológica e em operar a mesma, impossibilitando-os de desfrutar dos benefícios das tecnologias. Desse modo, de acordo com dados referentes ao mês de Agosto de 2019, coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 31,1% dos idosos brasileiros não tiveram acesso à tecnologia nos meses de Maio, Junho e Julho deste mesmo ano. Por conseguinte, isso faz com que o idoso seja posto à margem da sociedade, sendo impedido de obter informações ou até mesmo de realizar atividades digitais básicas sem ter que sair de casa, como transferências bancárias. Ademais, mesmo que tenha acesso às tecnologias, muitas vezes o idoso se sente totalmente dependente da população juvenil, uma vez que essa está inteiramente ligada a esse cenário digital, e nem sempre os jovens dispõem-se a ajudar pessoas da terceira idade, só por acharem que elas não são capazes de aprender.
De outra parte, promulgada em 1988, a Constituição Federal Brasileira garante a todos os brasileiros o direito à igualdade, à saúde e ao bem-estar social. Conquanto, a situação dos idosos, atualmente, entra em contraposição a tal ferramenta de democratização, fazendo com que esses direitos permaneçam apenas no papel. Posto isso, sem o estímulo e sem uma boa educação tecnológica advinda do Estado, pessoas da terceira idade sentem-se cada vez mais desamparados e acabam por não ter o desejo de aprender a utilizar os meios tecnológicos, mostrando como a falta de uma alfabetização tecnológica dos idosos ainda é um pedra no caminho de muitos brasileiros – na faixa etária dos 60 anos -, como cita Carlos Drummond de Andrade.
Logo, é evidente que a alfabetização tecnológica dos idosos é de extrema relevância no país, e para torna-la eficiente, fazem-se necessárias medidas. Assim, cabe ao Ministério da Fazenda disponibilizar mais verbas para o Ministério da Educação – órgão responsável pela política nacional da educação – investir em projetos voltados para à melhoria, por intermédio da construção de centros educacionais específicos para o grupo dos idosos, com especialistas em informática para que estes ensinem esses indivíduos a saberem manusear computadores e smarthphones, de forma a incluí-los na sociedade contemporânea. Ainda sim, cabe a família, como instituição social, contribuir estimulando esses indivíduos e ajudando-os da melhor forma possível. Desse modo, os idosos tornarão cada vez mais presentes nesse cenário digital.
Jeniiffer
Olá, aqui algumas dicas :):
Sua redação é boa, você utilizou bem os argumentos nos desenvolvimentos, porém na conclusão na sua segunda proposta ficou estranho.. você deveria detalhar igual fez na primeira, não somente colocar a família como contribuinte.. tirando isso ela está boa só invista mais na sua conclusão já que lá é uma das partes principais do texto.
lorrainy.marques
O texto está bem embasado, mas ainda há falhas gramaticais – dá uma conferida na concordância e crase – fora isso achei a argumentação muito boa, a conclusão bem detalhada, mas ainda poderia colocar onde ocorreriam essas aulas tecnológicas, com por exemplo nos centros comunitários. O papel da família ficou muito vago, como assim ajudar da melhor forma possível? você tem que ampliar isso ou pode optar por retirar essa parte
No último paragrafo pode colocar mais pontos finais, porque ficou muito extenso e normalmente se pede que tenha no mínimo quatro orações no paragrafo.