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Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

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No Período Colonial, a população nativa enfrentava desafios para receber a devida relevância em âmbito social, ou seja, essa parcela era desprezada e, diversas vezes, escravizada pelos colonizadores europeus. Apesar do ínterim de séculos entre a contemporaneidade e a época mencionada, as comunidades e os povos tradicionais ainda são, no Brasil, negligenciados pela totalidade. Diante dessa problemática, convém analisar os fatores que dificultam a valorização desses indivíduos, a citar, o processo de desenvolvimento industrial e a estigmatização de tais civilizações.

Sob esse viés, vale salientar que, com o advento da globalização e da urbanização – incentivados pela Revolução Industrial -, os nativos passaram a ser extintos. Isso ocorre, porque não só o governo, mas também as instituições particulares ignoram o bem-estar das comunidades e dos povos tradicionais, de maneira que ameaçam o território dessas pessoas com a degradação da natureza para a construção de centros comerciais. Afinal, o pensamento capitalista, vigente no contexto brasileiro, não se preocupa com a preservação ambiental e cultural, já que seu principal objetivo é a massificação do ideal consumista. Com isso, além de tais populações não serem valorizadas, têm suas raízes morais extintas, como diversos grupos indígenas tiveram durante o Período Colonial. Esse fato se comprova pelas regiões menos urbanizadas, a exemplo do Norte do Brasil, concentrarem, segundo o Ministério Público Federal, o o maior índice de habitantes tradicionais, como indígenas, quilombolas e ciganos.

Ademais, o preconceito associado às comunidades é um fator que mobiliza o desprezo sobre tais povos. Acerca disso, na série televisiva “Peaky Blinders”, a família Shelby é estigmatizada pelo corpo civil, devido à descendência cigana, encontrando obstáculos para ser tratada com relevância. Embora ficcional, a narrativa descreve o quadro brasileiro do século XXI: em virtude dos preconceitos, como as discriminações culturais, as corporações tradicionais são marginalizadas e dificilmente ascendem socialmente, uma vez que têm a dignidade – direito inalienável a todos – corrompida, na medida em que suas raízes morais são extintas. Assim, a estigmatização impossibilita a valorização dessa parcela.

É imprescindível, portanto, combater a falta de reconhecimento dada às comunidades e aos povos tradicionais no país verde-amarelo. Para isso, urge que o Estado crie, por meio da promulgação de novas leis, que defenderiam a preservação desses grupos populacionais, medidas de proteção para os territórios que concentram indígenas, quilombolas e ciganos, impedindo a massificação do capitalismo sobre tais polos, a fim de que a globalização e a urbanização não desvalorizem e, por conseguinte, extinguam essas civilizações. Além disso, as famílias, visto que possuem a função de educar, devem atuar contra a disseminação de estigmas. Desse modo, espera-se valorizar as populações supracitadas e desconstruir tal conjuntura que se perpetua desde o Período Colonial.

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3 Correções

  1. Se eu fosse o corretor eu te dava 1000, sem problemas gramaticais evidentes, argumentação bem desenvolvida, bom uso dos repertórios que foram produtivos e legitimados, uso correto de conectivos e com proposta de intervenção completa.
    C1: 200
    C2: 200
    C3: 200
    C4: 200
    C5: 200
    PS: talvez, o fato de você ter focado em apenas algumas comunidades seja considerado tangenciamento do tema, não sei como os corretores vão tratar isso. No mais, o texto está perfeito

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  2. MUITO BOM, parabéns, se eu fosse corretora seria 1000. Seu texto está ótimo, pontuação, argumentação, repertório… tudo! Esse tema era fácil, entretanto, a citação de tantas comunidades para somente uma resolução que gera problemas. No final você focou só em algumas comunidades, eu n tiraria nenhum ponto, pq vc foi mto bem, mas n sei como funciona com os corretores, talvez tirem ponto por tangenciar o tema, não sei. Mas parabéns, você foi bem demais

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  3. Muito boa a redação, tudo muito bem estruturado – especialmente a 1º argumentação. A proposta de intervenção completa e circular, retomando a contextualização da introdução. Só não sei se especificar alguns grupos apenas foi o ideal, mas tirando isso, me parece perfeita. Quanto aos erros gramáticais, não consegui encontrar nenhum evidente, acredito que tire nota máxima nesse quesito, talvez até na redação em geral.

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