“A injustiça em algum lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares”. Essa célebre frase de Martin Luther King provoca uma reflexão profunda sobre a importância de uma luta universal e solidária pela justiça. No Brasil, com a crescente desvalorização da cultura africana impulsionada pela influência dos padrões eurocêntricos, torna essa reflexão ainda mais necessária. Dessa forma, a ausência de políticas públicas na promoção do legado africano é um problema urgente e merece um olhar crítico e ações decididas por parte de toda a sociedade.
Em primeiro plano, é importante destacar como a cultura africana está erronêamente associada ao período escravocata brasileiro. Historicamente, a população negra utilizou-se da sua herança cultural como resistência aos abusos coloniais, tal fato é confirmado pela capoeira que, para o observador, trata-se apenas de um movimento artístico. Em outras palavras, a sociedade influênciada pelos valores do homem branco passou a tratar os costumes e crenças dos povos africanos à escravidão, reduzindo, portanto, ao conjunto de memórias fossilizadas com o tempo. Dessa forma, é primordial que as unidades federativas tratem de enraizar os valores do povo negro na identidade cultural da nação.
Sob esse viés analítico, convém ressaltar a importância de uma educação que respeite as particularidades e que contribua para a construção da identidade individual. Como afirmado por Paulo Freire, a educação é a principal ferramenta de transformação social. Contudo, essa transformação acaba sendo colocada em risco, visto que a falta de um modelo pedagógico que promova a presença do protagonismo negro na formação da coletividade, acaba por reforçar os preconceitos existentes na sociedade, como o racismo estrutural e outras injustiças.
Em síntese, é imperativo implementar medidas no combate a descredibilização da cultura negra. À frente, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Cultura, deve revisar e alterar a legislação vigente para endossar as ações contra a desvalorização do conhecimento africano. Isso inclui a reformulação da BNCC para relacionar a história da construção nacional com o continente africano, incentivos financeiros na divulgação de obras artísticas feitas por pessoas pretas e aumentar a presença de agentes educacionais negros nas escolas. Somente assim será possível transformar a sociedade.
Melmachado
Parabéns pela redação!
Competência 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
Nota: 160. Alguns erros pequenos de concordância e pontuação. Nada agravante.
Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Nota: 200. Apresentou e embasou a temática com base em várias obras, autores relacionados ao tema, argumentos bem elaborados e enfáticos, texto com fluidez! Parabéns….
Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Nota: 200. Argumentos bem concisos e enfáticos, texto com argumentos organizados e bem elaborados, parabéns…..
Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Nota: 200. Texto coeso, parágrafos interligados com belíssimo uso de conectivos, texto bem conectado. Parabéns…..
Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Nota: 200. Ótima proposta, muito bem detalhada, elaborada e bem defendida, parabéns…..
Nota final: 960. Parabéns, o texto está com ótimos argumentos, posicionamento enfático, embasado em autores! Boa sorte no caminho! Grandes chances de nota máxima! Parabéns pelo esforço e dedicação.
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Nota: 920/1000
Competências da Redação do ENEM:
– Domínio da Língua Portuguesa: 180/200
– Compreensão e Interpretação de Textos: 184/200
– Capacidade de Argumentação: 180/200
– Capacidade de Expressão e Comunicação: 184/200
– Contextualização Sociocultural: 182/200
Pontos Positivos:
– Estrutura clara e lógica
– Uso de vocabulário apropriado e variado
– Argumentos convincentes e bem estruturados
– Referências teóricas relevantes (Lilia Schwarcz e Zygmunt Bauman)
– Proposta de solução concreta para o problema
Pontos Negativos:
– Algumas frases podem ser mais concisas
– Faltam exemplos concretos para ilustrar os pontos
– A transição entre as ideias pode ser mais suave
Sugestões de Melhoria:
– Incluir exemplos concretos para ilustrar os pontos
– Desenvolver mais a conclusão para reforçar a importância da valorização da herança africana
– Utilizar vocabulário mais preciso em alguns pontos
– Variar mais os recursos linguísticos utilizados.
EvelynOliveira2024
“A valorização da cultura afro-brasileira é necessária para o bom entendimento das raízes históricas africanas, trazendo consigo seu passado sofrido e tradições que se penduram até os dias de hoje. Ensinar sobre o tema reforça a importância da não discriminação e do respeito as diversidades.
Compartilhar conhecimentos sobre a cultura afro-brasileira em escolas e universidades é um desafio para os educadores, pelo fato de ser um tema amplo e pouco comentado, portanto, apresentar aos alunos o contexto de como se consolidou as tradições e os aspectos culturais africanos no Brasil é importante, pois retrata os desafios desses povos e como foi tardio seu encaixe nos esteriótipos brasileiros.
O aparecimento de grandes personalidades negras como Martin Lutherking e Nelson Mandela contribuíram para a popularização e disseminação da história cultural africana no Brasil e outros países, trazendo a importância dos aspectos culturais africanos.
Por fim, é importante ressaltar a cultura afro-brasileira para evitar a discriminação e o desrespeito contra esses povos, e exaltar a veracidade das tradições históricas que seguem vivas até os dias de hoje.”
milathwf
Competência 1
O texto apresenta alguns erros gramaticais e de ortografia, como “erronêamente” e “influênciada”. Esses deslizes afetam o domínio pleno da norma culta, mas o texto é bem estruturado no geral e a maioria dos erros não compromete o entendimento.
Competência 2
Nota: 200/200
A redação demonstra excelente compreensão do tema, abordando a desvalorização da herança africana no Brasil e os desafios enfrentados nesse processo. A citação de Paulo Freire e Martin Luther King e as referências ao racismo estrutural e à educação mostram um bom entendimento dos aspectos sociais envolvidos.
Competência 3
A argumentação é coerente e bem estruturada, mas algumas frases são complexas e poderiam ser simplificadas para melhorar a fluidez. No entanto, a sequência de ideias segue uma lógica clara, do diagnóstico do problema à proposta de solução.
Competência 4
O texto utiliza bem conectores e transições, mantendo a coesão entre os parágrafos. Palavras como “Dessa forma”, “Em primeiro plano” e “Em síntese” ajudam na estruturação do raciocínio. Contudo, algumas repetições poderiam ser evitadas para um texto mais fluido.
Competência 5
A proposta de intervenção é detalhada e relevante, envolvendo o Governo Federal, o Ministério da Cultura e o sistema educacional. No entanto, faltam alguns detalhes sobre como essas ações seriam implementadas na prática, o que poderia tornar a proposta mais completa.
Anavi0308
A banda Legião Urbana denunciou que “Ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação”. Fora da esfera musical, os efeitos dessa alteridade representam a realidade dos indivíduos afetados pela desvalorização da herança africana no Brasil. Isso acontece devido à inoperância estatal, além de passividade social. Sob esse prisma, é pertinente ressaltar que Os desafios para a valorização da herança africana no Brasil é agravado pela inoperância do Poder Público. Nesse escopo, a antropóloga Lilia Schwarcz afirma que o Brasil pratica uma “política de eufemismos”, haja vista o descaso governamental perante a problemática. Desse modo, por ser negligente com o problema apresentado, os cidadãos afetados sofrem com o intolerância por sua herança africana. Além disso, é preponderante destacar que o corpo social vigente é individualista, fato que o torna passivo em relação aos Desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Sobre isso, o sociólogo Zygmunt Bauman explica que na “modernidade líquida” falta a empatia e a solidariedade. Dessa forma, os indivíduos por não terem acesso a informações pertinentes sobre o problema, acabam gerando desrespeito. Portanto, com o intuito de solucionar Os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, o ministério da Cultura, órgão responsável por promover os meios de comunicação, deve criar uma campanha de conscientização efetiva em todo o país. Essa ação sera implantada por meio de propagandas constitucionais nas redes sociais do Governo Federal e nos canais abertos de televisão, os quais devem mostrar exemplos de como a sociedade deve agir para amenizar a situação. Com essa ação em prática, a lei maxima do país será respeitada, e havera esperança, como suscitou a canção da legião urbana.