Desafios para a valorização da arte urbana

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Na obra “Utopia” do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto,o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que os desafios para a valorização da arte urbana apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Esse cenário antagônico é o fruto tanto da negligência governamental quanto da base educacional lacunar.

Precipuamente, é fulcral pontuar que a desvalorização da arte urbana deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil, devido à maioria dos artistas urbanos serem de baixa-renda ou taxados de pichadores, as autoridades brasileiras sempre estão dispostas a fazer com que esses artistas sejam cotados de criminosos. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.

Ademais, é imperativo ressaltar a dificuldade do sistema educacional ineficiente como promotor do problema. De acordo com o filósofo Sêneca, A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida, infelizmente, a afirmação é antagônica a contemporaneidade, dado que as escolas não impulsionam as crianças e adolescentes a valorização da arte urbana no corpo social, que causa a ausência de informação sobre as artes existentes e o preconceito com os artistas urbanos. Desse modo, uma mazela na hodierna. Tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que o sistema educacional ineficiente contribui para a perpetuação desse quadro deletério.

Portanto, entende-se que os desafios para a valorização da arte urbana é um obstáculo intrínseco de raízes culturais e governamentais. Logo, o Ministério das Comunicações, por intermédio da coparticipação de programas midiáticos de alta audiência, deve discutir e elucidar o assunto, visando mostrar as principais sequelas do problema e, de forma detalhada, esse órgão vai convidar o artista urbano para apresentar uma visão crítica e orientar os espectadores a respeito do impasse discutido. E, desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo da problematização, e a coletividade alcançará a Utopia de More.

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3 Correções

  1. Introdução:

    Inicio perfeito. Contextualização muito boa, só que nesse trecho ” os desafios para a valorização da arte urbana apresenta barreiras” eu tiraria a palavra ‘desafios’ vai ficar mais fluida e melhor de compreender. Assim parece que os desafios para a valorização tem barreiras, fica confuso. Tese excelente também, eu adicionaria um conectivo, só para garantir. Repertorio foi produtivo.

    D1:
    Tópico frasal excelente. Seria melhorar adicionar uma nova frase nesse trecho: ”entretanto, isso não ocorre no Brasil, devido à maioria dos artistas urbanos serem de baixa-renda ou taxados de pichadores, as autoridades brasileiras sempre estão dispostas a fazer com que esses artistas sejam cotados de criminosos.” fica mais explicado e mostra melhor projeto de texto [C3]. Senti falta de consequências ou exemplos para melhorar essa argumentação.

    D2:
    Você trouxe o mesmo problema da introdução: não precisa colocar a palavra ‘dificuldade’ se já tem a palavra ‘ineficiente’. Depois da citação o ideal é um ponto e iniciar outra frase. Argumentação bem boa. A frase : ” Desse modo, uma mazela na hodierna. ” não ficou boa no parágrafo. No fechamento, poderia adicionar um conectivo [C4].

    Concl:
    Frase inicial perfeita. Trocaria o ‘logo’ por ”Para isso,” Já que ‘logo’ da ideia de fechamento [C4].
    Todos os elementos [C5] perfeitos. Adorei muito sua conclusão.

    C1 Não notei muitos erros de escrita, um dos problemas foi um período muito longo quando era para colocar ponto e iniciar uma nova frase e erros de duplicidade das palavras o que corroí o entendimento do texto um pouco – 160
    C2 Excelentes repertórios e produtividade – 200
    C3 Adorei sua argumentação, faria algumas melhorias principalmente na D1 que apresenta algumas lacunas – 160/200
    C4 Muitos conectivos bom e bem utilizados, errou 1 ‘logo’ e poderia ter colocado conectivos em outras partes para garantia. – 160/200
    C5 como falei antes, 5 elementos completos – 200

    * 160/200 porque teve algumas pequenas falhas mas não sei se seriam o bastante para tirar pontos!

    Isso é apenas minha visão e percepção. Adorei corrigir sua redação, escreve muito bem e possui ideias muito boas. Espero que tenha ajudado de alguma forma. Abraços.

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  2. Análise da redação
    Título:

    “Desafios para a valorização da arte urbana”: O título é direto e conecta-se bem ao tema abordado. Poderia ser mais criativo, mas cumpre o objetivo.
    Introdução
    Análise geral:

    Conexão com o tema: O autor utiliza a obra Utopia, de Thomas More, como gancho, o que enriquece o repertório sociocultural. No entanto, a relação entre a obra e a problemática não está suficientemente clara. A referência a “planos de More” é vaga, já que o autor não apresenta “planos”, mas uma sociedade ideal.
    Problematização: A introdução identifica os principais problemas — negligência governamental e deficiência educacional — de forma clara, mas apresenta uma construção confusa na frase “os desafios para a valorização da arte urbana apresenta barreiras”.
    Estrutura:

    Tema: [OK]
    Contexto sociocultural: [OK]
    Problema 1 (negligência governamental): [OK]
    Problema 2 (educação deficiente): [OK]
    Coerência entre as partes: [??] (a relação com Utopia poderia ser melhor explicada).
    Desenvolvimento 1
    Análise geral:

    Tópico frasal: O parágrafo começa bem ao apontar a negligência governamental como causa principal da desvalorização da arte urbana.
    Citação e argumentação: A referência a Hobbes é pertinente, mas falta articulação com o tema. A citação serve mais como uma introdução genérica ao papel do Estado, sem conectar-se de forma direta aos desafios específicos da arte urbana.
    Problematização: A frase “a maioria dos artistas urbanos […] são de baixa renda ou taxados de pichadores” é relevante, mas carece de exemplos concretos ou dados que sustentem a afirmação. A generalização enfraquece o argumento.
    Conclusão parcial: O parágrafo conclui com a necessidade de reformulação da postura estatal, mas sem detalhar como essa mudança poderia ser implementada.
    Estrutura:

    Tópico frasal: [OK]
    Citação + relação ao problema: [??] (a citação não está bem integrada).
    Exemplificação/problematização: [OK], mas falta aprofundamento.
    Conclusão parcial: [OK].
    Desenvolvimento 2
    Análise geral:

    Tópico frasal: O parágrafo aborda a deficiência educacional como causa da desvalorização da arte urbana, cumprindo a função de diversificar os argumentos.
    Citação e argumentação: A citação de Sêneca é bem escolhida, mas sua aplicação ao tema é fraca. O autor menciona que o sistema educacional não impulsiona a valorização da arte urbana, mas não detalha como isso ocorre ou apresenta exemplos específicos.
    Problematização: A frase “causa a ausência de informação sobre as artes existentes e o preconceito com os artistas urbanos” é relevante, mas poderia ser melhor fundamentada. A expressão “uma mazela na hodierna” é vaga e não agrega valor ao argumento.
    Conclusão parcial: O parágrafo fecha com a ideia de que o sistema educacional perpetua o problema, mas falta maior conexão com a proposta de intervenção que será apresentada na conclusão.
    Estrutura:

    Tópico frasal: [OK]
    Citação + relação ao problema: [??] (a conexão é frágil).
    Exemplificação/problematização: [OK], mas faltam dados ou exemplos.
    Conclusão parcial: [OK].
    Conclusão
    Análise geral:

    Proposta de intervenção:
    O autor aponta o Ministério das Comunicações e programas midiáticos como agentes de transformação. A escolha é adequada, mas faltam detalhes sobre o como e o para quê.
    A proposta é ampla e aborda conscientização e discussão, mas não apresenta medidas concretas para implementar a valorização da arte urbana no âmbito educacional ou estatal.
    Finalidade: A frase “a coletividade alcançará a Utopia de More” é vaga e soa idealista demais sem explicação ou fundamentação prévia.
    Estrutura:

    Agentes (quem): Ministério das Comunicações e programas midiáticos [OK].
    Ações (o que): Discutir e conscientizar sobre o tema [OK].
    Meios (como): [??] Não explica como as campanhas serão realizadas.
    Finalidade (para quê): [??] Não detalha os objetivos específicos das ações.
    Pontuação geral
    Competência 1 (Domínio da norma-padrão): 160
    Problemas de concordância e algumas frases confusas, como “os desafios […] apresenta”.
    Competência 2 (Compreensão do tema): 160
    O tema foi compreendido, mas a relação com Utopia e as citações filosóficas carece de maior conexão com o argumento central.
    Competência 3 (Repertório sociocultural): 140
    A citação de Hobbes e Sêneca é pertinente, mas a aplicação é superficial. A menção à obra Utopia carece de aprofundamento.
    Competência 4 (Coerência e coesão): 160
    Há coesão entre as partes, mas a transição entre as citações e o tema poderia ser mais fluida.
    Competência 5 (Proposta de intervenção): 140
    A proposta é válida, mas carece de detalhamento nos meios e na finalidade.
    Nota final: 760

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  3. Olá! As correções de Bárbaraborg e Vitor13 estão muito boas, concordo com eles. Gostaria de acrescentar alguns conselhos. Logo ao iniciar a leitura do seu texto, a citação de “Utopia” parece genérica demais, aquele tipo de citação curinga que tem em qualquer post na internet. Eu acho que o corretor oficial do ENEM também teria essa sensação, e esperaria que o restante da redação fosse muito vago. É por isso que a introdução é tão importante: ela apresenta a primeira impressão ao seu leitor.
    Além disso, os argumentos que culpam o Estado e as escolas são “manjados”, também curingas demais. O ENEM, por enquanto, não desconta pontos unicamente pela redação usar repertórios e argumentos desse tipo, mas normalmente você perde pontos nas competências de coerência (C3) e compreensão do tema (C2). Isso porque, se um modelo de texto consegue falar sobre quaisquer temas, é porque ele não aborda suficientemente bem nenhum deles — o que quer dizer que o resultado final é muito vago, com informações superficiais.
    A correção do ENEM é tão flexível quanto a repertórios! Praticamente qualquer coisa conta, desde séries a livros escolares. Você com certeza já tem na sua mente um repertório sociocultural que possa estar relacionado a alguma das palavras da frase temática. Procure por esse tipo de citação, até porque ele já traz inspiração para argumentos mais fortes.
    Ademais, você não precisa usar palavras difíceis para estar adequada à norma culta. Basta utilizar a gramática corretamente. É preferível usar um termo o qual você conhece bem do que um “mais bonito” que você não sabe ao certo o significado.
    Em suma, eu recomendo que, ao invés de procurar modelos prontos de redação, você busque pelo projeto “RedaMil”, que traz apostilas gratuitas com as redações que gabaritaram o ENEM nos últimos anos. Leia ao menos alguns dos textos nota mil para entender o que a banca exige e gosta. É claro que o ENEM tem uma estrutura bem padronizada, e que você pode ganhar muito tempo dominando o que cada parágrafo precisa ter, mas esse domínio não se refere a frases prontas e citações curinga.
    Você está no caminho certo, continue escrevendo! Se precisar de algum esclarecimento ou dica, estou por aqui. Boa sorte na jornada ❤

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