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Desafios para a ressocialização de ex-presidiários na sociedade brasileira

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Em concordância com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada com um corpo biológico, tendo em vista que ambos necessitam de interação e igualdade entre todas as partes para se manterem saudáveis. No entanto, em um âmbito social que há desafios para a ressocialização do presidiário, nota-se o contrário de uma nação saudável. Nesse sentido, tais obstáculos são causados, não apenas por uma herança cultural, mas também pela falha governamental.

Diante desse cenário, é importante abordar o histórico da pouca colaboração da população brasileira com a inserção de minorias como um fator agravante da problemática. O ano de 1888 é conhecido como a data inicial das reivindicações dos direitos humanos por parte dos negros, pois foi neste período que ocorreu a abolição da escravidão, tornando este ato vergonhoso ilegal. No entanto, cabe salientar que não houve ações dos cidadãos a fim de inserir os negros nas atividades comerciais. Infelizmente, o corpo social contemporâneo não difere do seu passado, pois não há a promoção de nenhuma medida eficaz para auxiliar o ex-presidiário a conviver em sociedade. Além disso, a falta de ações é motivada, em sua maioria, por um preconceito contra o detento, sendo julgado como um indivíduo perigoso e incapaz de estabelecer relações sociais. 

Ademais, a ineficácia da governança tem contribuído diretamente para a perpetuação deste empecilho. Foi publicado, em 1988, o documento mais importante da história do Brasil: A Constituição Federal. Nela é previsto que é dever do Estado promover o bem-estar da população em geral. Porém, tal norma aparenta estar presente apenas no papel, visto que não é possível identificar a criação de programas que visam a restabelecer o detento na nação. Sendo assim, os membros deste grupo minoritário não despõem de itens necessários para a ressocialização, como a educação, por exemplo. Outrossim, considerando que a grande maioria dos presos não possuem escolaridade completa, a falta de medidas educacionais colabora para que haja uma dificuldade de conviver socialmente, porque o mercado de trabalho atual exige, cada vez mais, uma maior especialização para realizar funções. Assim sendo, os presos se encontram sem amparo social e econômico e, consequentemente, estão propensos a praticar atos criminosos, com o objetivo de obter uma renda.

Desse modo, graças ao estigma cultural da nação e à inércia do governo, a problemática relacionada à reinserção do presidiário na sociedade continua presente no país e é preciso que se promovam intervenções. Portanto, faz-se necessário ao Poder Executivo, com auxílio do Ministério da Educação, contribuir para recolocação social do preso, por meio da promoção de programas relacionados à educação prisional, na qual serão ministradas aulas de acordo com o nível escolar do detento, com o objetivo de oferecer maiores alternativas para a especialização durante o cumprimento da pena. Tal medida visa a tornar os obstáculos em relação à inserção prisional, gradualmente, menores.

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4 Correções

  1. Oiii, antes de tudo, queria agradecer pela sua correção na minha redação hehe!

    Vamos lá então..

    Introdução muito bem estruturada, apresentando a alusão, tese e encaminhamento argumentativo com ótimos conectivos… Só senti falta de uma coisa clássica: “…Que necessitam de uma intervenção urgentemente.”. Creio que daria para encaixar no último período da introdução. Esse elemento (na minha opnião) mostra ao corretor que você entende que aquilo é um problema e precisa da intervenção(por mais que seja óbvio hehe).

    Seu desenvolvimento 1 está impressionante, a referência feita com outra situação semelhante é de cair o queixo! Parabéns!
    Sem falar da estrutura bem feita, apresentando argumento, repertório e problematização.

    No desenvolvimento 2 está tão bom quanto o primeiro, mas dessa vez eu creio que nesse período: “Sendo assim, os membros deste grupo minoritário não dispõem* de…” convinha o uso da palavra “dispõem”.

    Por fim, na conclusão: Tudo está ótimo, só uma sugestão é adicionar um período de finalização do texto, retomando a ideia, por exemplo, de Durkheim. Melhor dizendo, adicionar o seguinte período no final: ” Assim se assemelhando aos ideias de Durkheim, numa sociedade onde todos possam contribuir para o fucionamento geral do corpo.”

    Parabéns pela sua redação, sinceramente tive que ler 400 vezes para identificar os erros hehe, desculpa qualquer erro na minha correção! Até mais! (se quiser me seguir, fica a vontade :)

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  2. Olá, Vinícius! Parabéns pelo texto. Você conseguiu dominar bem o tema, mas quero te alertar sobre dois pontos que identifiquei.
    -Primeiro: evite a repetição de conectivos.
    -Segundo: Não use verbos no gerúndio (ex.: “tornando”, substitua por: “em que tornou-se…” )
    No mais, é isso! Continue praticando. Bons estudos! :)

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  3. acredito que sua redação esta muito boa, corrigirei com base nas competências
    c1: 160, não avistei quase nenhum erro ortográfico, só não dou o 200, porque eu mesma não consigo avaliar para te dar a certeza que não há nenhum erro
    c2: 200 , você compreendeu muito bem o tema
    c3: 160, foram usados ótimos argumentos, só senti falta de dados estatísticos que comprovem esses argumentos, pois mesmo que seja fatos, e necessário ter algum dado ligado a nossa realidade
    c4: 200, compreendi seu ponto de vista, e que nem eu disse, foram usados ótimos argumentos, e bons repertórios.
    c5: 200, ficou ótima
    nota: 920, parabéns!!!

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  4. Olá! Gostei bastante da sua redação

    -A estrutura dela está correta

    -A sua introdução está ótima, você conseguiu apresentar as suas teses corretamente e de forma objetiva.

    -Sobre o seus D1 e D2, achei que você apresentou bem os seus argumentos, com ótimos repertórios acerca do tema.

    -Gostei muito da sua conclusão, você apresentou bem a proposta de intervenção.

    Só permanece praticando porque se as suas redações continuarem seguindo esse caminho as suas notas serão ótimas.

    Parabéns!!

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