Desafios para a proteção da população LGBT

De acordo com artigo número 1 da Declaração dos Direitos Humanos, todos os indivíduos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Lamentavelmente, esses príncipios não são colocados em prática por um boa parcela da sociedade, que insiste em perpetuar o preconceito contra a população homossexual. Um dos argumentos usados para justificar a perseguição a esse grupo, é que relacionamentos homossexuais são pecaminosos e anormais,portanto, precisam ser abominados. Apesar da aderência de diversas pessoas ao movimento LGBT, ainda é recorrente uma grande onda de ódio contra esses cidadãos.

Em primeiro lugar, o Brasil é um país que não está de fora no crescente número de mortes da população LGBT. A transfobia – preconceito direcionado a população transexual-, colabora para que os transexuais e travestis tenham uma expectativa de vida de somente 36 anos de vida. Além disso, o abandono da família é frequente, o que deixa os indivíduos em situação precária de marginalização e bastante suscetíveis à violência.

Em segundo lugar, o preconceito no ambiente escolar, também é outro problema recorrente na vida da comunidade LGBT. De acordo com a Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil de 2016, 73% dos estudantes LGBTs já relataram terem sido agredidos verbalmente e outros 36% fisicamente, o que leva os alunos a evitarem ir à escola, prejudicando assim, o rendimento escolar dos mesmos.

Levando em conta os fatos supracitados, medidas de intervenção são essenciais. Antes de mais nada, a criação da delegacia para atendimento especializado à população LGBT em todo o território nacional pelo governo, para que denúncias possam ser feitas com mais facilidade, é uma medida importante que mostra apoio às demandas dessa população. Outrossim, as escolas devem alertar para o perigo da LGBTfobia, promovendo palestras e incentivando a participação dos alunos, para que assim seja evitado qualquer tipo de discriminação em ambiente escolar.