DESAFIOS PARA A MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

Durante o governo de Juscelino Kubitscheck, na década de 60, houve um grande incentivo ao uso do transporte rodoviário, através da construção de inúmeras estradas por todo o território brasileiro.Entretanto, no Brasil hodierno,a escolha desse modal como principal não se mostra eficiente, visto que o país enfrenta uma serie de desafios para a concretização da mobilidade urbana sustentável. Essa grave situação ocorre tanto pelo transporte público precário , que incentiva o uso de meios de locomoção individuais, quanto pela ausência de ciclovias, que prejudica o uso seguro das bicicletas, atravancando o desenvolvimento saudável da nação .
Segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito ao bem-estar.Contudo,essa garantia é vilipendiada diante da péssima qualidade do transporte público, que oferece uma infraestrutura insuficiente para o atendimento à população -lotação, falta de ar-condicionados-, associada às altas tarifas cobradas.Dessa forma,os passageiros optam por carros individuais ou aplicativos, o que aumenta exponencialmente a frota de automóveis nas ruas e, consequentemente a quantidade de poluentes, prejudiciais ao meio ambiente, já que agravam o efeito estufa, e à própria população, causando, por exemplo problemas respiratórios.
Ademais, grande parte das cidades não possuem ciclovias, que são de suma importância para a segurança e bem-estar dos ciclistas.Nesse contexto, muitas pessoas deixam de praticar essa atividade física que traz inúmeros benefícios ao atleta, visto que fortalece os músculos , e principalmente ao meio-ambiente, já que é um transporte limpo e totalmente livre de poluentes.Logo, a falta de ciclovias é uma grande barreira para a concretização de uma mobilidade urbana sustentável, o que vai de encontro à ideia defendida pela Escola de Chicago de que as cidades, por serem ecossistemas, se encontram em constante equilíbrio .
Destarte, é necessário que o Estado garanta à população um transporte público de qualidade, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres(ANTT), que deve fiscalizar os ônibus e metrôs, punindo com multas ou apreensões as empresas e representantes que ofereçam transportes com uma baixa qualidade, a fim de incentivar o uso dessa forma de locomoção e assim, diminuir nas ruas a frota de automóveis e poluentes. Cabe ainda a essa instituição de poder investir na construção de ciclovias nas cidades, a fim de tornar eficiente o modal escolhido pelo presidente Kubitscheck.