Desafios para a inserção de autistas nas universidades brasileiras

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Na série norte-americana “Atypical” é retratada a vida de Sam Gardner, um jovem diagnosticado com transtorno de espectro do autismo (TEA), que busca mais independência entrando para a faculdade. Fora das telas, esse ingresso é bem dificultado, seja pelo despreparo das universidades, seja pela superproteção dos pais.
Em primeira análise, cabe pontuar que as instituições de ensino do Brasil não possuem preparo para receber neurotípicos. Nesse sentido, não obedecem o 6° artigo da Constituição que garante educação à qualquer brasileiro. Nessa perspectiva, acontece o que o escritor paulista Gilberto Dimenstein chama de “cidadania de papel”, isto é, existem direitos no papel que não acontecem na prática. Sem um preparo que iguale as oportunidades dos autistas – como professores qualificados – infelizmente, muitos desistem do ingresso à universidade.
Outrossim, a superproteção por parte dos responsáveis atua de forma lacunar no desinteresse de alguns autistas. Sob esta óptica, o sociólogo Talcott Parsons afirma que a família é uma máquina de personalidades humanas, uma vez que, não havendo incentivo à independência, ocorre o contentamento com a posição em que se encontra. Vale ressaltar, que essa superproteção acontece muitas vezes por medo de como a sociedade lidará com alguém fora dos parâmetros considerados normais. E tal posição, acaba por excluir as chances dos filhos.
Diante do exposto, urge que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação(FNDE) providencie reformas na infraestrutura das faculdades. Ademais, faz-se mister que o SUS junto ao MEC, faça uma campanha conscientizadora, por meio de palestras nas escolas sobre o autismo – onde psicólogos e autistas relatem como é a vida de pessoas dentro do espectro e de como elas podem ter suas conquistas pessoais – afim de que tanto a base familiar, quanto a social, entendam que é possível a inserção de neurotípicos nas universidades. Desse modo, muitos jovens autistas estarão inseridos nas faculdades, assim como Sam Gardner.

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1 Correção

  1. oiee!
    primeiramente, na sua introdução já percebi que não houve fechamento do parágrafo. O texto, para ser coeso, precisa ter em cada parágrafo 3 períodos – intro, desenv, concl.
    Gostei que fez bom uso dos conectivos!
    Faça uma retomada antes de começar a propor a proposta de intervenção.
    Gostei que começou a introdução fazendo referência ao conhecimento de mundo que tem e logo já começou a argumentar em cima, então não ficou algo jogado mas coeso.
    Bom texto!

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