Desafios para a inclusão da pessoa autista no ambiente escolar ( se possível coloquem nota)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), caracteriza-se como uma deficiência que pode afetar a capacidade de comunicação e interação social de um determinado indivíduo, podendo levá-lo à necessitar desde auxílio para desempenhar algumas tarefas e até mesmo para viver.
E apesar dos avanços obtidos desde seu reconhecimento como um distúrbio cognitivo em 1980 graças aos esforços do psiquiatra Michael Rutter, existem ainda fatores como a falta de profissionais especializados e planejamento escolar, que impedem a inserção e estabelecimento de crianças e jovens com autismo no ambiente escolar.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), existem no Brasil aproximadamente 2 milhões de pessoas com o transtorno, contudo não há profissionais suficientes que sejam capacitados para atender essa demanda.
Analogamente, no que diz respeito aos estabelecimentos de ensino na rede pública, não há disponibilidade de psiquiatras, bem como outros especialistas que entendam como deve ser a supervisão dos alunos pertencentes à esse espectro, que na maioria das vezes precisam de um acompanhamento individual para serem capazes de aprender no mesmo ritmo dos outros estudantes.

Sob essa perspectiva, pode-se afirmar que o Estado não cumpre com o previsto no artigo 205 da Constituição Federal de 1988 que garante acesso à educação a todos, uma vez que aqueles com deficiência, seja física ou intelectual são preteridos.
Isso ocorre como consequência ao Sistema Educacional Brasileiro que não é inclusivo, pois as escolas, em sua maioria públicas, não foram planejadas para atender às necessidades específicas requeridas na educação de tais indivíduos. Visto que a ausência de uma infraestrutura adequada torna ainda mais difícil o acesso dos mesmos a esse meio, impossibilitando-os assim de participarem desse processo tão importante na construção do conhecimento e no desenvolvimento das relações sociais.

Diante desse cenário, faz-se mister que o MEC (Ministério da Educação) em parceria com os Governos Estaduais, criem um Programa de Integração de profissionais e especialistas em cuidados a pessoas com deficiência nas instituições de ensino. Os quais serão responsáveis por direcionar tanto educadores quanto educandos na programação de aulas explicativas e dinâmicas, afim de elucidar quaisquer dúvidas acerca do assunto e proporcionar um ambiente de estudo mais acessível e inclusivo para todos. Desse modo o quadro será finalmente revertido no país.