Para uma sociedade alcançar o bem comum, o filósofo inglês John Rawls propõe a tese do “véu da ignorância”, onde há um nível inicial de equidade, no qual a ideia de justiça é alcançada quando se desconhece a posição que ocupará na sociedade. Embora se reconheça a necessidade de tal visão na contemporaneidade, os desafios enfrentados por autistas permanecem, dificultando sua inclusão e restringindo seu acesso à segmentos da sociedade, viabilizando sua exclusão e preconceito. Deste modo, tal situação é inconcebível e merece uma maior criticidade e empenho quanto à seu enfrentamento.
De início, é válido salientar a importância da maior necessidade laboral para uma participação efetiva no âmbito social. Acerca disso, o filósofo alemão Jurgen Habermas traz o debate sobre a pluralidade de planos pessoais, onde se evidencia a necessidade de inclusão do outro nos mais variados âmbitos. Deste modo, indivíduos autistas necessitam de um pleno reconhecimento, emergindo assim, a necessidade de uma melhor manutenção destes no plano trabalhista e consequentemente corroborando com a tese do pensador.
Ademais, dando cadência ao entrave supracitado, surge a despreparação educacional à recepção deste segmento. Segundo este pensamento, Michel Foucault estabelece que a sociedade possui subdivisões, denominadas “micropoderes”, e estes, exercem suas influências que se ramificam no geral. Sendo assim, professores, tendo relevância como parte inicial da vida destes indivíduos, possuem papel seguramente necessário à inserção do autista no coletivo. Portanto, faz-se essencial a adequação destes à realidade do segmento.
Entende-se, diante do exposto, a necessidade de aumentar a inclusão de tal minoria nos mais variados âmbitos. Por isso, é imperioso que o ministério do trabalho estabeleça a inserção em maior grau de autistas em órgãos públicos, por meio de cotas únicas em todos os concursos e processos seletivos a serem estabelecidos, assim, obter-se-á a maior participação destes no mercado de trabalho. Além disso, o ministério da educação deverá estabelecer cursos aos professores, por meio de especialistas renomados no assunto, com a finalidade de torná-los mais capacitados no trato com tal segmento. Com a tomada de ações resolutivas de tal porte, ter-se-á a possibilidade da equidade e adequação do cenário brasileiro à tese de John Rawls.
Noob
Olá! Boa noite. Sua redação está boa, gostei muito das suas citações. Há poucos erros também. Outro argumento interessante para esse tema seria a inclusão de mais psicólogos nas escolas para uma educação melhor, em relação ao autismo. Mas isso é só uma sugestão.
Algo que me chamou atenção também foram o tamanho dos parágrafos, eu sei que é chato, mas tente diminuir um pouco.
Eu não sei se é para o Enem que você está estudando, mas vou te avaliar seguindo o modelo dele, ok?
Segue a nota:
C1: 150 = Bom domínio da língua portuguesa com poucos desvios.
C2: 190 = Apresenta uma argumentação consistente, com repertório sociocultural e um domínio excelente do texto dissertativo-argumentativo.
c3: 150 = Defende uma tese de forma organizada, com indícios de autoria. Capaz de apresentar opiniões, fatos e informações relacionados ao tema.
c4: 180 = Sabe articular as partes do texto com uso diversificado de recursos de coesão.
c5: 200 = Consegue apresentar proposta detalhada, coerente e relacionada à argumentação desenvolvida na redação.
NOTA FINAL: 870.
dudamarimari
Ótima redação, falou do tema com maestria e dando referencias e fazendo comparações comprovadas, bom conhecimentos de palavras, talvez a introdução tenha sido um pouco grande demais, mas a contextualização do problema foi impecável. Desenvolvimento e conclusão com ótimos recursos, tendo em foco um plano de metas bom e inclusivo.