Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

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A Constituição Federal de 1988 garante aos indivíduos portadores de deficiências o direito ao estudo, desenvolvimento de suas habilidades e proteção a qualquer tipo de discriminação. No entanto, no cenário brasileiro atual, observa-se justamente o contrário, no que tange a questão da formação educacional de surdos. Nesse contexto, torna-se evidente como causas a negligência governamental e o preconceito presente na sociedade.

Em primeira análise, é preciso atentar para a negligência governamental. A inclusão dos surdos na educação se tornou um desafio pela ineficaz implementação das leis voltadas para adaptar o sistema educacional existente ao aluno. Sendo assim, é notável que os baixos índices de formação dos deficientes auditivos é resultado da desconsideração dos governantes, o que contraria a afirmação do filósofo francês Pierre Bourdieu que diz que “o que foi criado para ser instrumento de democracia, não deve ser convertido em mecanismo de opressão”.

Além disso, é parte da problemática geral o preconceito que sofrem os surdos. A antipatia gera a discriminação que os deficientes vivenciam em seu cotidiano e por conta disso, estes podem vir a desenvolver problemas psicológicos gerados pela incompreensão dos que os rodeiam. Nesse sentido, a afirmação da filósofa Olgária Matos se enquadra perfeitamente no problema em questão, afirmação essa que diz que uma sociedade que só é capaz de conversar com o mesmo, não é uma sociedade.

Por tudo isso, faz-se necessária uma intervenção pontual no problema. Urge que o Ministério da Educação (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias de inclusão e conscientização à formação educacional dos surdos, visando retratar a importância dos estudos para o desenvolvimento do cidadão e incentivar a busca pelo ensino. Por fim, é preciso que a comunidade brasileira olhe de forma otimista para a diferença, pois, como constatou Hannah Arendt: “A pluralidade é a lei da Terra”.

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1 Correção

  1. 1° parágrafo: a introdução está excelente, os argumentos são consistentes e contextualizados.
    2° parágrafo: o parágrafo está excelente. Parabéns!
    3° parágrafo: muito bem estruturado e argumentos muito bem colocados.
    4° parágrafo: Igualmente muito boa a intervenção, com demonstração de repertório sociocultural.
    I – 200
    II – 200
    III – 200
    IV – 200
    V – 200
    Nota: 1000

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