Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Toda pessoa que frequentou uma escola decerto encontrou desafios em algum momento. Tal pois, o desenvolvimento das habilidades escolares depende de diversos fatores, como: contextos familiares e sociais, condições da estrutura física da unidade de ensino, materiais de suporte de qualidade, professores qualificados… Por analogia, um estudante surdo ou com deficiência auditiva, com efeito, terá o número de condições a serem garantidas ampliado. É preciso reconhecer os surdos como pessoas de direito e fazê-lo valer em todas as escolas brasileiras, haja vista as leis não cumprem seu papel quando não colocadas em prática. A fiscalização é o que precede qualquer outra tentativa de elaboração de condições.
Primeiramente, em resumo histórico, a pessoa com deficiência auditiva (perda parcial da capacidade de ouvir) ou a pessoa surda (perda total ou severa da audição) sempre tiveram desafios para viver em sociedade, assim como ter uma formação educacional digna. Para superar fases retrógradas da nossa sociedade é preciso valorizar o que já fora conquistado por direito, isto é, as leis em defesa desse público-alvo e os princípios de respeito e valorização do sujeito surdo. Todas essas conquistas são existentes, entretanto, habitam no papel onde ficam as leis. Para fazerem valer suas regras e ideologias é indispensável haver práticas de fiscalização.
Como exemplo, sem o desenvolvimento devido daquilo que fora empregado nas leis, uma criança surda, ao conviver numa escola regular que esteja com falta de um professor fluente em Libras, por exemplo, irá restringir o acesso desse aluno ao conhecimento desenvolvido na aula. Desse modo, se a unidade de ensino demorar um mês para reestabelecer o recurso humano em falta, a criança surda ficará um mês com seu ensino desigual a um estudante típico. Diante disso, a família de outra criança surda que tenha conhecimento dessa realidade não se sentirá segura para inseri-la na formação educacional em um ambiente incerto.
Portanto, faz-se necessário que o poder público, responsável pelo respectivo sistema escolar da unidade de ensino em questão, estabeleça diretrizes para planejamento e implementação de fiscalização periódica, realizada por meio de visitas e preenchimentos pela escola de documentos on-line que informem a situação de cumprimento aos artigos que prevejam a equidade escolar. Além disso, torna-se importante esquematizar nestas diretrizes práticas de incentivo da participação desse público-alvo na escola regular, com a implementação de comemoração mensal nas unidades de ensino, contemplando também informações sobre a deficiência em pauta, por exemplo a comemoração do “Dia do Surdo”, em 26 de setembro de cada ano. Sendo assim, os desafios serão minimizados e o público se sentirá acolhido para que a equidade prevista em lei seja de fato implementada.