Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

São Tomás de Aquino defendeu que todas as pessoas precisam ser tratadas da mesma importância. Porém, a questão dos desafios para a formação educacional de surdos contraria o ponto de vista do filósofo, uma vez que, no Brasil, esse grupo é vítima de discriminação constante. Nesse contexto, torna-se evidente como causas a falta de investimentos, bem como a lacuna de representatividade.

Convém ressaltar, a princípio, que a ausência de investimentos é um fator determinante para a persistência do problema. Sabe-se que a base de uma sociedade capitalista é o capital, como explicam filósofos como Marx. Nesse sentido, para serem resolvidos problemas dentro do contexto capitalista, faz-se necessário investimento financeiro. No entanto, há uma lacuna de investimentos na questão das barreiras para a formação escolas de pessoas com deficiência auditiva, que tem sido negligenciada, o que torna sua solução mais difícil de ser alcançada.

Ademais, a lacuna de representatividade apresenta-se como outro fator que influência na dificuldade de efetivação dos obstáculos para a formação educacional de deficientes auditivos. Para Rupi Kaur, “A representatividade é vital”. A poetiza ilustra sua tese fazendo alusão à uma borboleta que tenta ser mariposa por estar rodeada delas. Fora da poesia, verifica-se que tal temática é fortemente impactada pela falta de representatividade presente no problema, que não está sendo fortemente encarnada pelas autoridades, sejam governamentais, sejam midiáticas. Dessa forma, o tema não recebe a atenção devida, o que acaba por dificultar a atuação sobre ele.

Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Dessa forma, o Ministério Público, em parceria com o Tribunal de Contas da União, deve fiscalizar o destino dos investimentos brasileiros, a fim de remanejá-los a áreas que mais necessitam. Para que tal destinação seja coerente com a realidade brasileira, estes órgãos podem criar consultas públicas, nas quais a população interaja e aponte questões como os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência auditiva para a formação educacional. Paralelamente, é preciso intervir sobre a falta de representatividade presente no problema. A partir dessas ações, espera-se promover a construção de um Brasil melhor.