Desafios para a formação de surdos no Brasil

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Na mitologia grega, Sísifo foi condenado a rolar uma pedra enorme morro cima eternamente. Todos os dias, Sísifo chegava ao topo da colina, contudo era vencido pela exaustão, e a pedra acabava retornando á base. É possível relacionar esse mito à luta cotidiana dos deficientes auditivos brasileiros à sua formação educacional. Nesse contexto, é necessário analisar os desafios para a resolução desse problema, dentre os quais se destacam a negligência governamental e a desinformação da sociedade sobre sua composição bilíngue.

De início, é imperioso notar a inoperância do poder público na formação educacional de surdos. Apesar dessa parcela da população ter o direito a educação garantido por lei, a realidade se mostra diferente da prevista no papel. Isso porque poucos recursos são destinados pelo Estado à construção de escolas especializadas na educação de pessoas surdas, bem como à capacitação de profissionais para atenderem as necessidades especiais desses alunos, esses fatores dificultam o acesso de deficientes auditivos a escolas, o que afeta na futura inserção no mercado de trabalho.

Ademais, é válido perceber a ignorância social frente a conjuntura bilíngue do país. Segundo dados do INEP, existem somente 64 escolas bilíngues no Brasil. Em razão do pouco número dessas escolas, grande parte da população não têm contato com Libras, fazendo com que seja desconhecido para a população a composição bilíngue do país, por conseguinte os surdos acabam sendo ainda mais excluídos da sociedade.

Portanto, medidas são necessárias para garantir a formação educacional de surdos no Brasil. Nesse sentido, urge que o Governo, por meio do envio de recursos ao Ministério da Educação, promova a capacitação de profissionais, através de cursos gratuitos de Libras, para que eles possam ensinar portadores de dificiência auditiva, tanto em escolas bilíngues, quanto em escolas especializadas na educação de surdos, além disso, deve ser incluída a a disciplina de Libras na grade curricular de todas as instituições de ensino de país.

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2 Correções

  1. (De estudante para estudante)
    Eu gostei da analogia que você fez no começo, traz diferença e originalidade ao seu texto!
    Achei que faltou dados no primeiro parágrafo.
    Também acho que você poderia ter escrito mais, a impressão é que ficou faltando informações, você poderia ter falado sobre as consequências negativas aos surdos, na sociedade, em relação a falta de uma formação adequada, assim você desenvolveria melhor a problemática.
    Na conclusão, nesse trecho “[…o Governo, por meio do envio de recursos ao Ministério da Educação…]” você poderia simplesmente ter dito “O Governo, por meio do Ministério da Educação”, mas fora isso a conclusão está boa, e cumpre o que se pede.
    Enfim, você escreve bem, tem originalidade, basta desenvolver melhor algumas habilidades exigidas quanto a argumentação, e tenho certeza que vai tirar uma nota boa. :) Parabéns, e boa sorte!

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  2. A expressão ”morro cima” está em desacordo com a norma culta da língua portuguesa.

    A ilustração do mito grego sendo relacionado aos desafios dos deficientes auditivos foi bem colocada.

    Seria relevante adicionar dados na primeira parte do desenvolvimento da dissertação, demonstrando que o governo direciona poucos recursos a construção de escolas próprias para deficientes auditivos: ”Isso porque poucos recursos são destinados pelo Estado à construção de escolas especializadas na educação de pessoas surdas, bem como à capacitação de profissionais para atenderem as necessidades especiais desses alunos, esses fatores dificultam o acesso de deficientes auditivos a escolas, o que afeta na futura inserção no mercado de trabalho.”

    No trecho: ”Em razão do pouco número dessas escolas, grande parte da população não têm contato com Libras, fazendo com que seja desconhecido para a população a composição bilíngue do país, por conseguinte os surdos acabam sendo ainda mais excluídos da sociedade.”, o termo ”população” foi utilizado duas vezes. Redundância.

    ”Portanto, medidas são necessárias para garantir a formação educacional de surdos no Brasil. Nesse sentido, urge que o Governo, por meio do envio de recursos ao Ministério da Educação, promova a capacitação de profissionais, através de cursos gratuitos de Libras, para que eles possam ensinar portadores de dificiência auditiva, tanto em escolas bilíngues, quanto em escolas especializadas na educação de surdos, além disso, deve ser incluída a a disciplina de Libras na grade curricular de todas as instituições de ensino de país.”, a proposta de intervenção foi bem desenvolvida, entretanto, houve um erro na escrita da palavra ” deficiência”.

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