Desafios para a entrada e para a permanência dos jovens no mercado de trabalho

Mediante dados estatísticos do IBGE uma média de 50% dos jovens de idade entre 18 e 24 anos estudam e trabalham, embora já seja um número relativamente pequeno, vale lembrar que a menção é apenas para os universitários, o número de desempregados vai muito além. A busca dos jovens pelo primeiro emprego possui uma série de desafios, tanto quanto sua permanência no mercado de trabalho, iniciando pela falta de oportunidade, experiência, e ainda a concorrência com os mais velhos e experientes, o que consequentemente gera inúmeros problemas na carreira profissional ao longo da vida dele e na economia do país. É necessário urgentemente medidas que mudem este cenário.

Inicialmente, é importante destacar que os jovens estão no auge da força produtiva, uma vez que são rápidos em obter conhecimento e transmiti-los através de ações, porém quando se trata do inicio da vida produtiva de fato, é que os desafios começam. O primeiro obstáculo é encontrar a oportunidade, pois a demanda de empresas que oferecem emprego é bem inferior à oferta de candidatos disponíveis. Agregado a isso existe o problema dos jovens que buscam o primeiro emprego ainda não estarem qualificados e experientes em quase nenhuma área, e mesmo aqueles que já tiveram alguma oportunidade ainda não conseguem encontrar facilidade, pois por qual motivo as empresas contratariam jovens sem qualificação no lugar de candidatos mais velhos e experientes? E se forem contratados por que não trocá-los por essas pessoas também mais experientes? Uma vez que ambos possuem o mesmo custo de trabalho e o custo benefício de contratar alguém que já tenha conhecimento é maior.

Cabe reconhecer, no entanto, que se o jovem não encontra oportunidades de emprego pela falta de experiência e a concorrência, e caso encontre não consegue se manter nele, por diversos fatores como a concorrência, insatisfação ou até mesmo por não se encaixar no perfil da empresa e/ou não colaborar com a evolução da mesma,  ele será inexperiente ao logo de sua vida, e conforme o tempo for passando os que hoje possuem essa experiência vão deixando de ser produtivos e não haverá quem fique no lugar deles, existe aí uma problemática.  Se pensar ao longo prazo, contratar um iniciante e treiná-lo, tornando – o qualificado, traz benefícios para as empresas que terão um profissional produtivo por muitos anos e para a economia do país, pois como já foi citado, se ele não conseguir se qualificar será um adulto sem experiência e improdutivo.

Evidencia-se, portanto, que os desafios encontrados pelos jovens na busca pelo emprego e permanência nele é uma questão que não afeta somente a ele. Para reverter essa problemática, cabe ao governo criar mais projetos como o jovem aprendiz e o verde e amarelo, como também criar campanhas que estimulem as empresas a aderirem pela contratação dos jovens. É função das empresas que sigam a lei de contratação do jovem aprendiz e que não se retenham apenas ao que são obrigados, mas que também ampliem o espaço para eles. Desse modo, juntamente com o foco e persistência na busca, será possível que cada vez mais  portas sejam abertas para a vida profissional do jovem, e tanto ele quanto a própria economia sairão beneficiados.