Desafios do saneamento básico no Brasil

O documentário “A Realidade do Saneamento no Brasil” retrata os problemas vividos diariamente por moradores de regiões em que não há água potável e esgoto tratado. Nesse contexto, não restam dúvidas que o saneamento é um desafio no Brasil. A partir da análise desse impasse, percebe-se que ele está vinculado não só a desigualdade socioespacial, que é enorme no país, mas também a falta de investimentos governamentais em serviços públicos.

Deve-se pontuar de inicio, que quanto maiores as disparidades socieconômicas entre as classes sociais, mais dispares serão as moradias e qualidade de vida. Segundo o Contrato Social de John Locke, cabe ao Estado fornecer medidas que garantam o bem-estar coletivo. Entretanto, uma grande parcela da população brasileira que vive distante dos centros urbanos, em sua maioria, não é amparada pelo Poder Público e encontra-se em uma realidade desigual. Tal fato é evidenciado na precarização dos serviços públicos, como o saneamento básico.

Outro ponto relevante, é que os investimentos nesse setor são insuficientes ou inexistentes em varias regiões brasileiras, desencadeando assim, uma realidade de descaso, para com a população. De acordo com a pesquisa do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 59,9 % dos cidadãos brasileiros ainda  não tem acesso a um esgoto tratado. Esse infeliz cenário está atrelado a falta de incentivos financeiros do Estado para as áreas menos desenvolvidas economicamente, que são as mais atingidas por este problema.

Portanto, com o intuito de amenizar a problemática, é imprescindível que o Governo -como instituição promotora do bem-estar social- por meio de verbas governamentais, invista nas áreas periféricas, a fim de sanar as disparidades socioeconômicas. Ademais, cabe as prefeituras, mapear os lugares mais afetados por este impasse, e por meio de um projeto de aplicações, investir nos serviços públicos desses locais, para que a falta de saneamento básico deixe de ser um desafio no Brasil. Logo, espera-se que o Contrato Social seja seguido, e que o bem-estar coletivo seja vigente.