Desafios da sociedade para enfrentamento de crises econômicas

Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, há a retratação de uma sociedade perfeita, onde a mesma padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Contudo, ao observar a realidade, nota-se que o exposto de More não é condizente com a verdade vivida pela sociedade, considerando que a problemática envolvendo as formas da organização social para enfrentar crises econômicas no Brasil impedem a efetivação do plano do autor. Dado o exposto, convém avaliar as raízes desse fato negligenciado.

Primordialmente, faz-se importante pontuar que o pouco incentivo governamental corrobora para a desorganização social no enfrentamento de problemas econômicos. De acordo com o filósofo Thomas Hobbes, é obrigação do Estado promover á sociedade bem estar e justiça. Toda via, ao contrário do que teoriza o pensador, isso não ocorre, no Brasil, de forma prática, já que o desleixo estatal negligencia os investimentos que tornariam a sociedade melhor preparada para enfrentar crises econômicas. Tal atitude prejudica, em especial, a população pobre, pois esses carecem de recursos  financeiros necessários para lidar com uma eventual crise financeira. Dessa maneira, é indubitável que essa atitude estatal é inadmissível e faz-se indispensável sua mudança.

Ademais, vale citar, também, a falta de educação financeira como sendo um dos fatores fomentadores à falta de organização social para enfrentar uma eventual crise econômica. Estando entre os países que lideram o ‘ranking’ da escala econômica, seria racional crer que o Brasil teria equivalência na área educacional, mas, ao contrário do cenário comercial, a educação segue um rumo frustrante. Dessa maneira, o reflexo da negligência educacional é claramente visto em pessoas que, mesmo tendo cursado o ensino regular na escola, não aprenderam como usar o dinheiro de forma consciente e não têm preparo para lidar com problemas econômicos. Tal fato pode ser relacionado ao pensamento do autor modernista Carlos Drummond de Andrade, o qual reflete que existem situações na vida as quais são como pedras, ou seja, empecilhos. Seguindo essa premissa, a falta de educação financeira no Brasil é caracterizada como propõe o autor. 

Portanto, para mitigar os efeitos dessa calamidade, ações devem existir. Para isso, o Tribunal de Contas da União deve liberar capital que, por intermédio do Ministério da Cidadania, será convertido na realização de palestras e entrevistas as quais devem ser realizadas com auxílio de profissionais da área financeira. Tais ações devem ser webconferencionadas nas redes sociais dos ministérios supracitados, objetivando alcançar um maior público e trazer mais lucidez acerca das formas de organização da sociedade para enfrentar problemas econômicos. Ações que, iniciadas no presente, devem efetivar o plano proposto por More.