DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

De certo, o Brasil possui uma grande lacuna que precisa ser debatida quando se fala de mobilidade urbana sustentável. Com a população nacional crescendo cada vez mais, é evidente a necessidade de diminuir o uso de transportes que utilizem combustíveis fósseis, tanto para o bem do planeta como para o do ser humano.

Sobretudo, após o processo de industrialização, no século 20, deu-se inicio a urbanização no Brasil, dando abertura ao êxodo rural descontrolado. Além do mais, de acordo com a Instituição Brasileira de Geografia e Estatística, cerca de 80% dos brasileiros vivem nas capitais, o que é um fator que ajuda a dificultar a utilização de locomoções sustentáveis. Portanto, o grande uso de carros, motos e ônibus se torna inevitável e, consequentemente, a quantidade de gases poluentes e o tráfego congestionado aumenta.

Ademais, o estresse diário com a demora no trânsito e a grande taxa de ar poluído, além do gasto para manter um veículo motorizado, afeta a saúde física e mental dos cidadãos. Por outro lado, ao trocar o carro por uma bicicleta, de acordo com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, um cidadão da capital de São Paulo pode economizar mais de 400 reais no mês, melhorando também sua condição física. Contudo, essa troca, mesmo que sustentável, não é inclusiva visto que pessoas com deficiência não poderiam fazê-la.

Dessarte, cabe as Prefeituras investirem em planos de mobilidade municipais que priorizem meios de transportes ecológicos, ampliando as ciclovias e investindo em ônibus sustentáveis. De tal maneira, por mais que as metrópoles estejam superlotadas, será controlada a quantidade de gases poluentes liberados como também será incentivado o exercício físico, além de possibilitar que PCDs contribuem por um mundo sustentável.