Desafios da mobilidade urbana no Brasil

Em 2015, foi publicado no YouTube um documentário que expõe o dia a dia dos brasileiros que dependem do transporte público para os seus deslocamentos:”130 km-Vida ao Extremo”. Nele é exposto às dificuldades enfrentadas diariamente pelos trabalhadores. Nesse contexto, percebe-se que há desafios da mobilidade urbana, causado, não apenas pela falta de investimentos em alternativas para a não utilização de automóveis poluentes, mas também pelo sistema de transporte público precário.

Diante desse cenário, deve-se abordar o impacto da infraestrutura inadequada para o deslocamento manual e sustentável. Com a falta de ciclovias e de calçadas o cidadão que opta pelo uso de bicicletas enfrenta entraves para se movimentar entre os meios urbanos, pois o obriga a conviver com riscos diários de acidentes nas ruas, visto que não há preferência para tal veículo. Consequentemente, a nação tende a utilizar outros meios de transportes que contribuem para a poluição ambiental, tendo em vista que a gasolina derivada do petróleo é a principal liberadora de dióxido de carbono(CO2), substância nociva que aumenta o efeito estufa e o aquecimento global.

Além disso, é importante relatar o ineficiente planejamento na utilização de modais públicos como um dos fatores agravantes da problemática. Infelizmente, o Brasil atual não oferece ônibus ou metrôs suficientes em todos os horários necessários para a população, principalmente em “momentos de rush”, na qual há uma maior quantidade de pessoas necessitando deles. Sendo assim, a falta de transportes públicos promove uma superlotação nos pontos em que se deve aguardar tais veículos e, de maneira indireta, contribui para o trânsito caótico, visto que a partir do instante que os indivíduos têm a consciência de que os modais públicos ou ciclovias não possuem prioridade para o governo, eles passam a objetivar à compra de automóveis individuais, aumentando o conforto individual e a velocidade de locomoção, porém, aumentando também, em grande escala, a quantidade de veículos nas rodovias e o nível de poluição.

Desse modo, graças à ineficácia do Estado, os brasileiros vivenciam uma vida ao extremo e deve-se haver ações para reverter o cenário atual. Portanto, faz-se necessário à governança, com auxílio do Ministério Público, através da utilização do capital arrecadado dos impostos que a nação paga, promoverem reformas nas rodovias visando a aumentar o número de ciclovias  para tornar o transporte sustentável mais seguro, além de aumentar a circulação de transportes públicos. Tais medidas objetivam tornar o país um lugar harmônico para o meio ambiente e para os cidadãos.