Desafios da imigração no Brasil (deixem nota pfv, não corrijam com modelo pronto pfv!)

No filme, “Meu nome é Khan”, de origem alemã, é retratada uma realidade onde o protagonista, Rizwan Khan, por fatores socioeconômicos, é obrigado a imigrar para os Estados Unidos, contudo, durante esse processo, o personagem possui muita dificuldade em conseguir sua total integração com a teia social do país. Assim, Em consonância com a realidade de Khan, está a de muitos imigrantes em solo brasileiro. Nesse viés, em que um sistema constitucional inadequado somado ao preconceito recorrente no âmbito populacional ainda configura um cenário em que a total inclusão dos supracitados indivíduos quase não ocorre.

Em primeiro plano, é notório que uma deficiente estrutura constitucional se mostra como um dos fatores que fomentam o problema. Desse modo, apesar do princípio de isonomia previsto pela constituição afirmar a igualdade de tratamento social e judicial à todos os indivíduos, evidencia-se que tal direito não é aplicado aos imigrantes que, ao chegarem no país, desprovidos de auxílios ou documentos, são, muitas vezes, obrigados a se submeterem a trabalhos exploratórios ou até mesmo, recorrer à vida do crime para a manutenção do próprio ciclo financeiro. Por conseguinte, resultando, assim, em altos índices de desemprego e criminalidade em regiões fronteiriças, além da formação de um panorama de exclusão dos já mencionados indivíduos.

Outrossim, vale postular que o pertinente preconceito presente no corpo populacional também dificulta a inclusão dos imigrantes no país. Sob a luz que, apesar do exercício do Etnocentrismo, que afirma a superioridade de culturas sobre outras, já ter sido abolido do meio jurídico, é evidente que esse tipo de segregação ainda está presente no país. Nesse contexto, em que ainda se predomina o errôneo pensamento que tais indivíduos são menos capacitados profissionalmente, o que resulta na maior dificuldade na inserção desses no mercado de trabalho, impedindo-os, portanto, da plena inclusão. Dessa maneira, tal conjuntura segregacionista contraria o princípio de “Espaço Público”, da filósofa Hannah Arendt, que defende a total inclusão dos oprimidos, neste caso os imigrantes, na teia social.

Infere-se, portanto, que medidas públicas são imperiosas para elucidar o problema. Para isso, é necessário que o Governo federal juntamente com o Ministério da Justiça, por meio de emendas constitucionais, torne os direitos assegurados pela constituição mais amplos e democratizados, a fim de estender essas garantias aos grupos supramencionados e consequentemente oferecer uma maior inclusão. Ademais, também é cabível ao Ministério da Educação, por meio de campanhas no âmbito escolar e público, conscientizar a população sobre a ilegitimidade dos estereótipos atribuídos aos grupos imigratórios, para assim, tornar o preconceito menos presente no meio nacional. Logo, será possível a formação de uma sociedade mais democrática e distante da realidade de Khan.