Desafios da educação infantil no Brasil

Gregório de Matos, poeta luso-brasileiro, ficou conhecido como “boca do inferno” por denunciar, de maneira ácida, os problemas que o assolavam no século XVII. Talvez hoje, ao se deparar com as dificuldades da educação infantil na sociedade brasileira, o autor produziria críticas a respeito, uma vez que o entrave precisa ser mitigado no âmbito social. Dessa forma, é válido salientar que essa realidade é fruto da falta de apoio psicológico e da grande influência dos jogos virtuais.
A princípio, vale ressaltar que o filósofo Thomas Hobbes postulou que a função do Estado é garantir o bem-estar social, no entanto isso não é cumprido no que diz respeito ao acesso infantil à assistência psicológica. Sob essa perspectiva, é importante salientar que o início da infância é marcado por diversas descobertas, principalmente no âmbito escolar, em que o infante necessita adaptar-se a rotina de estudante, porém esse processo pode não ser aceito e gerar frustrações e transtornos na vida das crianças.
Ademais, outro fator a evidenciar é a influência das mídias sociais no comportamento infantil. Sob esse viés, é lícito destacar os jogos virtuais como o “free fire”, que contém conteúdos de violência, o que acaba manipulando o comportamento de crianças e abrindo um caminho para que estes comecem a praticar tais atos.
Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Ministério da Educação juntamente com o Ministério da Saúde implante um programa de saúde mental nas creches públicas-com a participação de psicólogos infantis, com o intuito de diminuir transtornos causados pelo início da vida escolar. Além de que, o Governo Federal deve restringir o acesso a todos os jogos com conteúdo de violência para crianças de até 12 anos de idade, a fim de que diminua a alienação mental infantil.