Desafios da Educação a Distância no Brasil

O filme “Escritores da Liberdade”, baseado em fatos reais, retrata a história de jovens marginalizados pela sociedade. Por possuírem dificuldades perante o ensino, esses jovens necessitam de um encorajamento para lidar com rastros da desigualdade no meio que vivem. Fora das telas, no Brasil, tal realidade não se encontra distinta, uma vez que esse contraste de classe social impossibilita que o ensino a distância seja alcançado por todos. Nesse contexto nefasto, essa discrepância ocorre devido ao silenciamento das mídias e ao descaso do governo.

 

Em primeira análise, é evidente que muita das vezes a mídia negligencia o debate acerca do ensino a distância. Nessa perspectiva, segundo o escritor Paulo Freire, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção. Sob essa ótica, é válido ressaltar que devido a esse silenciamento, a mídia não executa competência quando se trata dessas possibilidades, haja vista que não basta transferir conhecimento, mas é necessário criar meios para que a EAD alcance a todos. Nesse viés, enquanto existir essa omissão por parte da mídia, os dados de desigualdade no Brasil não serão divulgados, o que desfavorece uma grande parte de famílias carentes. 

 

Ademais, essa divisão se integra ao descaso do Poder Público, o que contribui para a persistência desse panorama. Nesse sentido, a Constituição Brasileira de 1988, assegura que é dever de todo cidadão ter direito a educação. No entanto, na prática, tal garantia é deturpada, pois, quando se diz que a educação é para todos, há uma infração dos direitos humanos, instante esse que o governo não investe em medidas públicas, o que afeta na infraestrutura de instituições educativas e por conseguinte a EAD que necessita de aparelhos tecnológicos. Desse modo, é necessário que medidas sejam tomadas para garantir o acesso a todas as classes. 

 

Diante do exposto, fica clara a necessidade de investimentos na EAD para minimizar essa mendicidade. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação – órgão responsável pelo desenvolvimento educacional do país – garantir à população o direito à educação, conforme a Constituição Brasileira de 1988, por meio de investimentos em recursos na educação base, integrados aos conteúdos comuns e políticas públicas que tornem possível o acesso à internet e aos aparelhos tecnológicos, a fim de promover uma cidadania mais justa e igualitária à todos. Somente dessa maneira o Brasil poderá quebrar contrastes de desigualdade retratado em “Escritores da Liberdade”, o que diminui a segregação social.