O livro “Quo vadis”, de Henryk Sienkiewicz, tem como um dos personagens centrais o imperador Nero que sonhando em construir a Roma perfeita, livre das mazelas paisagísticas e sociais que a assolavam, num ato de loucura ateia fogo e destrói toda a cidade. Em consonância com o enredo supracitado os desafios atuais das grandes cidades brasileiras são um problema a ser amenizado. Dessa maneira são necessárias medidas para a superação do entrave, o qual tem como causas principais as condições sociais da população e o descaso governamental.
De início a sociedade tem papel determinante na permanência da chaga no país; neste contexto a escritora Marina Colassanti em sua crônica, “Eu sei, mas não devia”, elucida a cerca de como as pessoas ignoram os problemas sociais. De maneira análoga em meio a realidade nacional essa tese pode ser exemplificada pelo fato de que pessoas de classes sociais mais elevadas que habitam em regiões privilegiadas de grandes cidades brasileiras não se interessam pelos problemas enfrentados pelas populações de classes sociais menos abastadas que vivem em locais com poucos recursos para se ter uma vida digna, como por exemplo, a problemas de saneamento básico e segurança. Deste modo, diante da apatia coletiva perante a problemática, o óbice permanece presente em meio a nação.
Ademais é notável a negligência estatal no tocante aos desafios atuais das grandes cidades brasileiras; neste sentido Cícero, filosofo e político romano, diz que “o bem-estar do povo deve ser a lei suprema”, contudo há uma lacuna entre a teoria e a prática em meio a realidade verde e amarela, uma vez que o Estado não proporciona uma organização adequada nas cidades, o que causa dificuldades tanto sociais, como a favelização, quanto ambientais, como poluição das águas e do ar. Desta forma o Estado tem papel chave na permanência do estorvo no Brasil.
Destarte, torna-se imprescindível a tomada de medidas para amenizar a questão dos desafios das grandes cidades brasileiras no Brasil. Para isso cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério das cidades, promover campanhas que serão veiculadas em rádio e televisão para fomentar a empatia entre as classes mais e menos abastadas para que um ajude o outro em seus problemas; em paralelo o Ministério das cidades deve organizar uma ação para melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras onde classes mais baixas residem com a finalidade de proporcionar a todos uma vida digna. Por fim com essas medidas as cidades brasileiras se aproximarão da cidade idealizada por Nero no livro de Sienkiewicz.
Maria Luíza Ferreira
Mito boa sua redação, porém não se usa uma pontuação em redação “;” . Esta de bom tamanho, argumento ótimo, a sua proposta de intervenção está explícita, desenvolvendo 1 e 2 esta em um persentual ótimo.
Você tem ótimas ideias à propor no seu texto, conseguiu manter o tema dentro do contexto, com o tempo Você pode melhorar, a sua linguagem a língua portuguesa teve um domínio perfeito.
1 usou muito bem os cognitivos.
2. A norma padrão do texto está direcionada muito bem.
3. Não teve muita fuga do tema.
Nota: 780
Le.Le.Lê
Olá, tudo bem?
É perceptível que você tem ótimas ideias, sua redação está boa. Entretanto, há vários detalhes que podem ser aprimorados para que você tire notas mais altas e eleve a qualidade da sua argumentação. Sugiro que você busque a sua redação manuscrita e vá acompanhando meus apontamentos enquanto faz anotações no texto original (ao menos, isso funciona para mim). Espero que a leitura dos meus comentários não seja cansativa, e que possa te auxiliar na sua jornada rumo à nota mil. 🤗
Já vou adiantando: acredito que a competência à qual você tem que se atentar mais é a primeira – aquela que fala das regras gramaticais e das convenções de escrita.
⏺️ INTRO
“o imperador Nero que * sonhando em construir a Roma perfeita, livre das mazelas paisagísticas e sociais que a assolavam, num ato de loucura * ateia fogo e destrói toda a cidade.”
Os asteriscos indicam vírgulas ausentes que deveriam estar ali. De forma simples, eu costumo pensar qual é a oração principal – nesse caso, “o imperador Nero ateia fogo e destrói toda a cidade”. O restante da frase são “detalhes”, por assim dizer. A estrutura normal dos períodos em português é sujeito ➔ verbo ➔ complemento. Interprete esses “detalhes” que eu citei como complementos que, na ordem normal, viriam ao final da oração. Caso eles sejam antecipados, precisam estar entre vírgulas (ou, se estiverem no começo da frase, com apenas uma vírgula depois).
“Em consonância com o enredo supracitado * os desafios atuais das grandes cidades brasileiras são um problema a ser amenizado.”
*vírgula
C2) A transição do repertório para a problemática da redação ficou um tanto brusca e artificial, meio “forçada”, sabe? O trecho “Em consonância com o enredo supracitado” indica que há uma relação do repertório com o tema, mas é preciso que, depois, você elucide qual é essa relação — não basta apenas dizer que ela existe se você não deixar claro o que é. Talvez ficaria melhor algo como:
=> Assim como nesse trágico episódio, parcela significativa dos brasileiros também enfrenta problemas urbanos.
“Dessa maneira * são necessárias medidas para a superação do entrave, o qual tem como causas principais as condições sociais da população e o descaso governamental.”
*Lembre-se que esses conectivos de começo de frase (“Dessa maneira”) sempre são seguidos por uma vírgula.
Cuidado com termos vagos “as condições sociais da população” é um pouco redundante, porque se as condições são “sociais” está implícito que são condições da população. Talvez você prefira algo como “condições socioeconômicas”, que é um pouco mais preciso.
Também sugiro uma alteração na última frase para aprimorar a coesão (C4).
=> Dessa maneira, medidas são necessárias para a superação do entrave, cujas principais causas são as condições socioeconômicas populacionais e o descaso governamental.
⏺️ D1
“De início * a sociedade tem papel determinante na permanência da chaga no país; neste contexto * a escritora Marina Colassanti * em sua crônica, * “Eu sei, mas não devia”, elucida a cerca * de como as pessoas ignoram os problemas sociais”
Faltou vírgula após o conectivo “De início”.
Troque o ponto e vírgula ao final desse período por um ponto final.
Neste contexto => use “Nesse” para retomar algo que já foi dito anteriormente (o contexto foi descrito na frase anterior).
É necessário colocar vírgula após o conectivo “Nesse contexto”.
Vírgula antes do trecho “em sua crônica ‘Eu sei, mas não devia’ “, porque isso também é um detalhe, como aqueles que eu mencionei na introdução, se lembra?
Você colocou uma vírgula desnecessária após “crônica”.
a cerca => acerca (quando tiver o sentido de: sobre, a respeito)
C3: algumas alterações para fortalecer a argumentação)
=> Nesse contexto, a escritora Marina Colassanti, em sua crônica entitulada “Eu sei, mas não devia”, afirma existir uma ignorância populacional quanto aos problemas sociais.
C3) Na primeira frase do parágrafo, colocar toda a “sociedade” como determinante na permanência da chaga parece um excesso de generalização. De acordo com a sua argumentação, pareceria mais adequado trocar o termo “sociedade” por “camada mais abastada da sociedade” ou simplesmente “elites sociais”.
“De maneira análoga em meio a realidade nacional essa tese pode ser exemplificada pelo fato de que pessoas de classes sociais mais elevadas que habitam em regiões privilegiadas de grandes cidades brasileiras não se interessam pelos problemas enfrentados pelas populações de classes sociais menos abastadas que vivem em locais com poucos recursos para se ter uma vida digna, como por exemplo, a problemas de saneamento básico e segurança.”
Tente simplificar um pouco essa frase, tornando sua comunicação mais concisa, direta e objetiva. Além disso, deixar suas frases mais curtas pode evitar a dor de cabeça com todas as vírgulas que se tornam necessárias quando há muitos períodos interligados.
=> Essa tese coincide com a realidade nacional, ao observar a indiferença da maioria das pessoas de classes sociais elevadas em relação aos problemas enfrentados pelos mais pobres como, por exemplo, saneamento básico e segurança ineficientes.
C3) Além disso, há um erro lógico aqui: “poucos recursos para se ter uma vida digna, como por exemplo, a problemas de saneamento básico e segurança”. Parece que você está dizendo que “problemas de saneamento básico e segurança” são exemplos de recursos para se ter uma vida digna, quando eles representam o contrário.
” Deste modo, diante da apatia coletiva perante a problemática, o óbice permanece presente em meio a nação. ”
=> Desse modo (retomar o modo descrito anteriormente)
=> à nação
Na dúvida se vai crase ou não no “a”, tente substituir por um substantivo masculino. Se o correto da frase ficar com “ao”, significa que precisa de acento.
Ex: em meio ao povo. Tá vendo como virou “ao”? Quer dizer que, no caso de um substantivo feminino como “nação”, você deve usar crase.
⏺️ D2
“Ademais * é notável a negligência estatal no tocante aos desafios atuais das grandes cidades brasileiras;”
* vírgula após conectivo
Nesse caso, prefira trocar o ponto e vírgula por ponto final e iniciar uma nova frase em seguida. A transição fica mais natural.
“neste sentido * Cícero, filosofo e político romano, diz que ‘o bem-estar do povo deve ser a lei suprema’, contudo * há uma lacuna […]”
=> Nesse sentido,
=> vírgula após os conectivos “Nesse sentido” e “contudo”
“[…] há uma lacuna entre a teoria e a prática em meio a realidade verde e amarela, uma vez que o Estado não proporciona uma organização adequada nas cidades, o que causa dificuldades tanto sociais, como a favelização, quanto ambientais, como poluição das águas e do ar.”
Ajustes para melhorar a clareza e coesão (C3 e C4).
=> contudo, na realidade verde e amarela, há uma lacuna entre essa teoria e a prática, uma vez que o Estado não proporciona uma organização urbana adequada. Esse cenário caótico causa dificuldades sociais — como a favelização — e ambientais — como a poluição das águas e do ar.
“Desta forma * o Estado tem papel chave na permanência do estorvo no Brasil.”
Desta forma => Dessa forma,
⏺️ CONCLUSÃO
“Para isso (*vírgula) cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério das cidades, promover campanhas que serão veiculadas em rádio e televisão para fomentar a empatia entre as classes mais e menos abastadas para que um ajude o outro em seus problemas;”
O Ministério das Cidades não é um meio adequado para promover campanhas em rádio e televisão. O melhor seria convocar o Ministério das Comunicações.
Evite repetir palavras. Troque o segundo “para” por “a fim de que”
Pode retirar o trecho “mais e menos abastadas”, porque só escrever “entre as classes” já fica claro o suficiente.
Prefira uma linguagem um pouco mais formal no trecho “para que um ajude o outro em seus problemas”.
=> para fomentar a empatia entre as classes sociais, a fim de motivar a cooperação mútua.
Troque o ponto e vírgula por ponto final e inicie nova frase em seguida.
“em paralelo (*vírgula) o Ministério das cidades deve organizar uma ação para melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras onde classes mais baixas residem com a finalidade de proporcionar a todos uma vida digna.”
Esse trecho ficou muito vago. Em textos argumentativos, você precisa afirmar as coisas com convicção. Qual ação seria essa?
“Por fim * com essas medidas * as cidades brasileiras se aproximarão da cidade idealizada por Nero no livro de Sienkiewicz.”
* vírgulas
É uma boa ideia finalizar o texto retomando o repertório da introdução. Isso ajuda na C3 ao dar indícios de que o texto foi planejado. 👏
Continue escrevendo, você tem potencial!
Boa sorte ✧❤✧
ana.cuculi
Aqui está sua correção no estilo ENEM, com notas e comentários em cada competência:
—
### **Correção no estilo ENEM**
#### **Competência 1 – Domínio da norma culta da língua portuguesa** (Nota: **160/200**)
Você demonstra um bom domínio da norma culta, mas há alguns desvios gramaticais e de regência verbal:
✅ **Erros identificados:**
1. **”elucida a cerca de como”** → O correto é **”elucida acerca de como”**.
2. **”é necessário a tomada de providências”** → O correto é **”é necessária a tomada de providências”**, pois “tomada” é um substantivo feminino.
3. **”tanto sociais, como a favelização, quanto ambientais, como poluição”** → O correto seria **”tanto sociais – como a favelização – quanto ambientais – como a poluição”** para melhor organização.
4. **”os desafios das grandes cidades brasileiras no Brasil”** → A expressão **”no Brasil”** é redundante.
#### **Competência 2 – Compreensão da proposta e desenvolvimento do tema** (Nota: **200/200**)
O tema foi abordado de forma pertinente e os argumentos são bem desenvolvidos. Você utilizou um repertório produtivo (referência literária e filosófica) e fez boas conexões com a realidade.
#### **Competência 3 – Seleção e organização das informações** (Nota: **160/200**)
A organização do texto é satisfatória, mas há algumas falhas de coesão:
1. **”De maneira análoga, em meio a realidade nacional”** → O correto seria **”De maneira análoga, na realidade nacional”**.
2. O uso de “Deste modo” no segundo parágrafo poderia ser substituído por algo mais fluido, como **”Portanto”** ou **”Dessa maneira”** para evitar repetições de conectivos.
#### **Competência 4 – Construção da argumentação** (Nota: **180/200**)
Os argumentos são bem sustentados e coerentes. A citação de Cícero é bem aplicada, mas o exemplo do Ministério das Cidades poderia ser mais detalhado. Uma sugestão seria mencionar políticas públicas específicas para contextualizar melhor a proposta.
#### **Competência 5 – Proposta de intervenção** (Nota: **160/200**)
A proposta atende aos critérios exigidos, mas carece de **detalhamento** em dois aspectos:
1. **”Promover campanhas que serão veiculadas em rádio e televisão”** → Poderia especificar o tipo de campanha e como ela impactaria diretamente o problema.
2. **”Para fomentar a empatia entre as classes”** → Como essa mudança de mentalidade aconteceria? Ações educativas nas escolas, por exemplo, poderiam ser citadas.
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### **Nota final estimada: 860/1000**
Sua redação tem um excelente desenvolvimento argumentativo e repertório bem aplicado. Pequenos ajustes gramaticais e um maior detalhamento na intervenção podem elevar sua nota para **900+**!
Mychelle
No segundo parágrafo houve o uso do “;”, não se usa em redação, no lugar coloquei um ponto final.
Na conclusão, quando for colocar o detalhamento, coloque entre vírgulas ou entre o tracinho -, melhora e deixa mais organizado.
O livro “Quo vadis”, de Henryk Sienkiewicz, tem como um dos personagens centrais o imperador Nero, que sonhando em construir a Roma perfeita, livre das mazelas paisagísticas e sociais que a assolavam, em um ato de loucura ateia fogo e destrói toda a cidade. Em consonância com o enredo supracitado, os desafios atuais das grandes cidades brasileiras são problemas que devem ser amenizados. Dessa maneira, são necessárias medidas para a superação do entrave, o qual tem como causas principais as condições sociais da população e o descaso governamental.
Em primeira análise, vale ressaltar que a sociedade tem papel determinante na permanência da chaga no país. Neste contexto, a escritora Marina Colassanti, em sua crônica, “Eu sei, mas não devia”, elucida a cerca de como as pessoas ignoram os problemas sociais. De maneira análoga, em meio a realidade nacional, o corpo social de classes sociais mais elevadas que habitam em regiões privilegiadas, de grandes cidades brasileiras, não se interessam pelos obstáculos enfrentados pelas populações menos abastadas que vivem em locais com poucos recursos para se ter uma vida digna, como os problemas de saneamento básico e segurança. Deste modo, diante da apatia coletiva perante a problemática, é necessário a tomada de providências por parte dos órgãos governamentais.
Outrossim, é imperioso salientar a negligência estatal como um dos principais causadores do óbice. Nesse sentido, Cícero, filosofo e político romano, diz que “o bem-estar do povo deve ser a lei suprema”, contudo há uma lacuna entre a teoria e a prática em meio a realidade verde e amarela, uma vez que o Estado não proporciona uma organização adequada nas cidades, o que causa dificuldades tanto sociais, como a favelização, quanto ambientais, como poluição das águas e do ar. Dessa forma, o Estado tem papel chave na permanência do estorvo no Brasil.
Torna-se evidente, portanto, a necessidade da tomada de medidas para amenizar os desafios das grandes cidades brasileiras no Brasil. Para isso, cabe ao Governo Federal -órgão que administra o país- por meio do Ministério das cidades, promover campanhas que serão veiculadas em rádio e televisão para fomentar a empatia entre as classes mais e menos abastadas para que um ajude o outro em seus problemas. Por fim, com essas medidas as cidades brasileiras se aproximarão da cidade idealizada por Nero no livro de Sienkiewicz.
AylaCristina
Obrigada pela ajuda com a correção.