desafio e perspectivas do ensino a distância.

Durante a Guerra Fria, o desenvolvimento tecnológico avançou como nunca antes, entre as diversas ferramentas criadas, destaca-se a internet que modificou diversas relações na sociedade. Com a expansão desta, novas possibilidades surgiram, como a educação a distância. Contudo, essa forma de ensino que possibilitou que mais pessoas fossem inseridas nas universidades, também acabou segregando as parcelas da sociedade que não possuem acesso à internet e os meios para usar esta.

   Em primeira análise, é  inegável que EAD beneficiou diversos jovens que não tinham tempo disponível ou moravam em áreas distantes. Entretanto, como mostra a pesquisa de 2018 do Comitê Gestor da Internet no Brasil, CGI, 33% dos lares brasileiros não possuem internet, esse dado evidencia que nem todos brasileiros que precisam do ensino a distância possui internet para acessá-lo. Assim, a forma de ensino que deveria democratizar o acesso à educação, acabou a elitizando.

   Outrossim, de acordo com a mesma pesquisa do CGI, 58% dos lares não possuem computador, o que mostra que mesmo que os números de lares sem internet não sejam tão altos, os meios para usá-la são. O que torna mais difícil a democratização dessa forma de educação.  Dessa maneira, fica evidente  o quanto as tecnologias criadas na Guerra Fria não são acessíveis à toda população e isso colabora para que o ensino a distância desigual.

   Em virtude do que foi mencionado, é inegável que ações precisam ser tomadas para superar esses problemas. Portanto, fica imperativo que o Ministério da Educação, em parceria com ONGs voltadas para essa área social, promover a democratização da forma de educação EAD por da criação de programas que ofereçam a população internet gratuita, bem como a instalação de mais laboratórios de informática nas escolas municipais e estaduais a fim de promover acesso democratizado as tecnologias necessárias para o ensino a distância. Dessa maneira, tornando a educação mais justa e igualitária.