Desafio do tabagismo entre os jovens

A Constituição Federal de 1988 garante a saúde — bem como políticas sociais que visem a diminuição do risco de doenças — como direito fundamental de todo cidadão. No entanto, voltando-se à questão do tabagismo entre os jovens, urge uma problemática, fundamentada numa passividade estatal que contribui para que cada vez mais cedo os indivíduos passem a fumar. Frente a isso, é necessário que se avalie a busca excessiva pelo lucro capitalista, bem como a questão da formalização educacional.

Em primeiro lugar, a lógica lucrativa, aliada à negligência do governo, acentua a problemática. Isso ocorre porque não há uma fiscalização feita pelo órgão federal à empresas que comercializam produtos feitos à base de nicotina, o que facilita o acesso por parte dos mais jovens. Dessa forma, o tabaco encontra-se disponível para o consumo cada vez mais precocemente.

Além disso, a imposição de uma escola formal fomenta a questão. Tal afirmação se explica pelo fato das instituições se voltarem apenas para a formação técnica de seus alunos, uma vez que poderiam implementar discussões a respeito do tabagismo e suas consequências. Consoante a isso, o educador Paulo Freire afirma que “se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”, evidenciando o papel educacional na construção de pessoas mais críticas e informadas.

Sendo assim, o governo federal, aliado ao Ministério da Saúde, deve criar um Plano Nacional de Combate ao Tabagismo, por meio de um decreto, que atue em postos de saúde e escolas realizando palestras a respeito do tema e enfatizando seus riscos, para inteirar a população, e, consequentemente, assegurar um direito constitucional.