Depressão e ansiedade: raízes do suicídio

Tema: Alto índice de depressão e ansiedade no Brasil

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a elas. Sob tal ótica, diante dos problemas de ansiedade e depressão que os brasileiros enfrentam, é notório como o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora a falta de investimento na orientação dos cidadãos sobre inteligência emocional, e, como efeito, surge casos de suicídios. Logo, faz-se mister a implantação de medidas com o fito de mitigar esse impasse.

Em primeiro plano, é axiomático a íntima relação do não direcionamento de recursos à educação emocional com a perenização desse quadro deletério. Conforme o portal Blasting News, o governo em 2016 – sob o comando de Temer – chegou a gastar 24 milhões, em apenas 4 meses, no cartão presidencial. Destarte, tendo em vista esse investimento desnecessário, torna-se inegável que uma população receptora dos esforços governamentais em um cenário tão agravado, não é prioridade para o Estado.

Transforma-se irrefutável, em consequência do supracitado, os aumentos de casos de suicídio entre os jovens. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ocorrências de autocídio se apresenta como a segunda principal causa de morte entre os indivíduos com idades entre 15 a 29 anos.  Consoante às informações da OMS, infelizmente, fica clara a necessidade de medidas a fim de liquidar esse contexto negativo.

Depreende-se, portanto, a premência de ações atenuantes com o objetivo de solucionar as ocorrências de depressão e ansiedade dentre a população. À luz dessa perspectiva, cabe ao Ministério da Educação, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina, desde a tenra idade, de Educação Emocional, a qual tratará da induzir os alunos a introduzir rotinas saudáveis em suas vidas. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.