Dependência tecnológica

A série Black Mirror, em um dos seus episódios, retrata um universo onde a exaltação do meio virtual a promove a vida falsificação e padronização do comportamento de seus usuários, sendo ridiculizado todo e qualquer conduta contrária. Tal panorama, ainda que não tão extremista é a realidade tecnológica em que a humanidade está inserida. Nesse sentido, as consequências de sua dependência se manifesta na propagação da intolerância, influenciada pelas opiniões da massa e no aumento de problemas mentais que afeta cada vez mais pessoas.

A priori, é notório a importância da evolução de tecnologia com a mudança das formas de relações sociais. Nesse sentido, aplicativos de mídia social se tornaram muitos e a competividade provocou a intenção de atrair a atenção dos usuários o máximo possível. Sendo assim, a falta de rigor e a busca por polêmicas, abriu espaço para o aumento do discurso de ódio e a cultura do cancelamento, como exemplo, o caso da escritora da famosa saga Harry Potter, que foi atacada por internautas devido seus comentários e postagens consideradas transfóbicas. A ausência de tolerância sobre uma opnião ou comportamento diferente reage para a violência muitas vezes de forma anônima.

Sendo assim, nesse ambiente de insegurança, nota-se o aumento de casos de doenças mentais devido o estresse do contato intenso e excessivo da tecnologia e sua exposição. Segundo a OMS, o país atualmente está entre os mais ansiosos com 9,3% da população com algum tipo de ansiedade e 5,8% com depressão. Dados coletados justamente no ano em que devido a pandemia do corona vírus, tenha se aumentado o uso da internet. Sendo assim, o aumento da utilização de forma descontrolada das redes, contribui para a criação de uma sociedade mais doente.

Portanto, a dependência das tecnologias disponíveis traz suas consequências que devem ser combatidas. Para tanto, se faz necessário que o Ministério da Educação e as empresas de mídias sociais promovam a conscientização e a proteção dos usuários. Tal ação, deve ser realizada através de, palestras nas escolas sobre o uso adequado das redes sociais, com publicações de incentivo à procura de ajuda e tratamento, além da fiscalização contra discursos que ofendam os diretos humanos. De tal forma, a construir uma sociedade mais conscientizada de suas ações e menos propensas a problemas mentais.