Dependência e uso de internet pelos jovens no Brasil: como resolver esse problema?

Em uma palestra dada ao Ted talks, plataforma online de disseminação de conhecimento, o psiquiatra Flávio Nielman constata que é mais fácil um jovem aprender a lidar com as ferramentas digitais, do que aprender a amarrar o tênis. Por essa perspectiva, percebe-se a dependência dos jovens pelas ferramentas digitais e o uso da internet, sobretudo no Brasil. Para tanto, deve-se analisar a negligência dos pais como mediadores da problemática e o uso das redes sociais como agentes secundários.

Primeiramente, é importante apontar a negligência dos pais como um dos principais causadores do imbróglio. Isso porque, segundo uma pesquisa feita pela ONG brasileira, Safernet, 87% dos participantes – jovens – afirmaram não ter restrições quanto ao uso da internet. Nesse sentido, o distanciamento dos pais sobre a realidade digital dos filhos e o tempo o qual eles passam utilizando essas ferramentas, fomentam em maiores tempos de uso dos instrumentos virtuais, os quais podem desencadear dependência após longos tempos e costumes de uso.

Ademais, é importante pontuar o consumo das redes sociais como um dos vínculos existentes entre a problemática e a mocidade. Isso porque, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, umas das características da pós-modernidade é o uso das tecnologia e ferramentas oferecidas por essa, como mediadoras da condição de existência. Por essa ótica, ferramentas como as redes sociais vão de encontro com o pensamento do sociólogo, haja vista as possibilidade infinitas que essas oferecem, desde a promoção de imagem até a crianção de amizades com maior facilidade que no mundo real, impregnando nos jovens uma relação de interdependência.

Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver a problemática em questão. Para tanto, o ministério da educação,em parceria com as escolas, devem treinar profissionais para promoverem palestras e oficinas aos pais e filhos abordando temáticas sobre os limites de uso das ferramentas digitais, bem como instigar os pais a serem mais ríspidos quanto ao tempo que os filhos passam utilizando essas ferramentas.  Ademais, por meio dessas palestras deve-se indicar, também, grupos de apoios para as famílias que possuem um familiar dependente dos instrumentos virtuais, assim como para aquelas que querem procurar mais informações ou terem mais familiaridade com o problema. Assim, talvez seja possível reduzir os número de casos dessa dependência bem como ajudar jovens a lidarem com ela.