Democratização do acesso às artes plásticas no Brasil

A Constituição Federal de 1988 garante a todos os indivíduos o direito à cultura, igualdade e bem-estar social. Entretanto, a falta de democratização do acesso às artes plásticas impede que tais garantias sejam verificadas, de fato, na prática, tornando-se um desafio a ser enfrentado organizadamente no Brasil. Sob esse viés, convém analisar tal quadro, intrinsecamente ligado a desigualdade social e a contribuição educacional.

A princípio, houve a criação da Academia Imperial de Belas Artes, no século XIX, em prol do ensinamento artístico, se restringindo as famílias ricas. Hodiernamente, ainda se percebe que boa parte da população carente não tem acesso à arte, tendo em vista, por exemplo, a ausência de condições financeiras para o custeio de entradas em museus. Nessa ótica, é inadmissível que em um país dito democrático, uma prerrogativa essencial ao ser humano – a igualdade – esteja constatada só na teoria.

Outrossim, conforme Immanuel Kant, filósofo alemão, “é no problema da educação que assenta o grande segredo para o aperfeiçoamento da humanidade”. Esse pensamento evidencia-se, por meio do Movimento Arte na Escola, viabilizando o ensino artístico, o qual é fundamental para formação social dos jovens. Depreende-se, pois, que a concepção de Kant permitirá a democratização desse conhecimento.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para amenizar esse impasse. Destarte, o Ministério da Cultura deve, por meio do direcionamento das verbas pagas pelos cidadãos, reduzir os preços das entradas aos museus, com um auxílio-financeiro aos mais necessitados, objetivando a democratização e o gozo dos direitos constitucionais por todos. Espera-se, com isso, que o Brasil se torne uma sociedade mais justa e igualitária.