Democratização do acesso ao cinema no Brasil – ENEM 2019

         Quando se fala em democratização de acesso, entra em cena àqueles que, por alguma razão, estão escalados em gamas inferiores do sufixo -cracia (grego, krátos ‘poder’). Liderando o sétimo lugar como mais desigual do mundo, o Brasil tem muito a debater quando o  assunto é desigualdade social, logo, democratização de acessos.
          Um dos principais fatores que afasta um indivíduo da cultura, neste caso, cinema, é a diferença social. E, o que desiguala as classes, é a concentração de muito capital em posse de poucos grupos sociais. No Brasil, ”muito dinheiro em poucas mãos”, se iniciou no processo de colonização.
          Por sua vez, as dificuldades de acesso à arte se ramificam desde o fraco poder financeiro à implicações étnicas, por exemplo. No caso do Brasil, devido à sua história marcada por exclusões sociais, os povos negros, indígenas e de classes menos ricas se tornaram os mais afastados do acesso ao cinema e à arte, como um todo. Isto posto, de forma ampla, se observa um dogma histórico que limita a inclusão social nos cinemas.
          Portanto, para uma sociedade com acessos democratizados, é necessária uma política social inclusiva, onde, um sistema de cotas sociais também funcione nos cinemas, tornando os bilhetes mais acessíveis. A aplicação de cinema como assunto à arte e à filosofia, nas escolas públicas, desde o Ens. Fundamental. A Ancine, junto ao Min. da Cultura, poderia, por exemplo, promover eventos como o cinema público, em favelas e comunidades mais pobres. Isso, com apoio financeiro dos municípios e governos estaduais. Ações como essas, fariam do cinema no Brasil, uma arte mais democratizada.