Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Sabemos que a idealização dos brasileiros pela vida na cidade levou à uma desigualdade demográfica, veemente na favelização e interiorização, e assim a difusão dos meios de cultura de massa, estes desempenhando papel distrativo, representativo, por ora alienante social, que trouxe maiores incentivos ao seu consumo, de acordo aos avanços tecnológicos. Contudo, percebe-se pouca participação nas salas de cinema, engajada desde ao difícil acesso das periferias, até a adaptação a recursos globalizados, tais como smartphones ou tablets, precursores desta arte.

Primeiramente, a nova infraestrutura favoreceu as áreas elitizadas, contando com ingressos de valores um tanto altos para uma única exibição, e ocorrendo em pontos centrais da cidade, gerando disponibilidade desigual. O subdesenvolvimento do Brasil tido pela má distribuição de renda por seus habitantes juntamente à aplicação de investimento voltado às regiões industriais, configurou a 60 posição no ranking relacionado a habitantes por sala.

Entretanto, a fim de suprir a instigação pelo entretenimento, a televisão incluiu filmes gratuitos na programação. Além dela, o advento das tecnologias portáteis encontrou desenvolvedores de softwares, oportunistas da admiração pública por longas já ridicularizados pela corriqueira aparição nos canais abertos, transformaram a acessibilidade em fontes materiais para nova forma de capitalização. Este é o jogo das plataformas de Stream: Netflix, Globoplay, YouTube, entre outras, disponibilizando espetáculos renovados na palma da mão, em um custo cada vez mais rentável.

Infelizmente, no contexto atual, o lado capitalista compensa os custos de produção e não poderia deixar de ser empregado. Mas valendo-se do socialismo utópico de Karl Marx, onde a elite concede o poder a outras camadas da sociedade, consoante a exterminação da ganância do homem sobre cédulas de lastro, objetiva-se condições a todos para a entrada nestes estabelecimentos e efetização de compras do material on-line. Além de ações gobernamentais que propaguem a infraestrura de forma unânime aos espaços geográficos, porque o cinema não é possível sem tecnologia!