*Democratização do acesso ao cinema no Brasil*

Está previsto na constituição brasileira de 1988 a obrigação do Estado de garantir acesso à cultura para toda a população, Inclusive na área cinematográfica, como diria o filósofo Confúcio: “a cultura está acima da diferença de condição social”. No entanto, na atualidade, há uma grande segregação do acesso às salas de cinema no Brasil, tanto por questões regionais, quanto econômicas.

Nas regiões metropolitanas (principalmente sul e sudeste), há uma vasta disponibilização de cinemas, como, por exemplo: em “shoppings” e centros comerciais ou culturais. Entretanto, nas cidades mais afastadas e do interior do Brasil (o sertão nordestino, por exemplo), a população carece desses espaços, tendo uma acesso parcial e remoto (como a TV aberta) ou muito dificultado (por conta da distância) a esse modo de entretenimento cultural.

No premiado filme “A Forma da Água”, a protagonista mora em cima de um cinema, todavia, trabalhando como faxineira em uma empresa, ela não possui condições frequentar o local. Esse é um exemplo de que, quando se trata de acesso ao cinema, não se pode ser considerado apenas a localização, como também o poder aquisitivo da população.

Dado o contexto, é fundamental que os Ministérios da Cultura e Cidadania, criem uma lei, que deve ser entregue e aprovada na Câmara de Deputados, que garanta melhores condições da população brasileira frequentar esses locais. Isso deve se dar por meio da disponibilização gratuita e mensal de um meio de transporte (passagens de ônibus, por exemplo), que leve residentes do interior para sessões de cinema nas grandes áreas urbanas. Essa medida teria assim, a finalidade de democratizar o acesso ao cinema no Brasil.