Democratização do Acesso Ao Cinema no Brasil.

Segundo a Constituição Federal promulgada em 1988, é dever do estado garantir a todos o direito cultural e o acesso as fontes de cultura. Conquanto, o acesso ao cinema no Brasil só é garantido a uma pequena camada da sociedade brasileira, tanto pelo fato dos cinemas estarem localizados em áreas ricas das cidades, quanto pela falta de cinemas em regiões distantes dos grandes centros urbanos. Nessa perspectiva esses desafios devem ser superados de imediato para que uma igualdade seja alcançada.

Primeiramente, cabe destacar que os cinemas estão em sua maioria, localizados nas partes mais ricas das cidades, dificilmente uma pessoa pobre e moradora de periferia terá acesso ao cinema na mesma frequência que uma pessoa rica. Segundo o filósofo Cafúncio “A cultura está acima da diferença da condição social”, o que infelizmente, no Brasil não faz sentido, com pessoas tendo o acesso a cultura negado por serem socialmente vulneráveis.

Faz-se necessário, ainda, salientar a falta de cinema nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, como cidades pequenas e medias pelo Brasil. Segundo a Ancine, em 1975 oito em cada dez salas estavam nas cidades do interior, com a reorganização dos cinemas em shoppings a partir do final do século XX, as regiões distantes foram negligenciadas, o que fere  o direito constitucional de acesso a cultura independente da classe social ou localização.

Infere-se, portanto que há entraves para garantir a democratização do acesso ao cinema no Brasil. Dessa maneira urge que o Ministério da Cultur ajunto com empresas proprietárias de salas se juntem para distribuir pequenas salas de cinema pelo Brasil através de parcerias público-privada, com pequenas salas e cinemas itinerantes chegando em regiões mais distantes com o intuito de tornar  o acesso ao cinema democrático. Somente dessa forma o Brasil poderá superar o problema e tornar o acesso ao cinema democrático.