A popularização do cinema foi de tal forma inesperada que até as artes mais renomadas da época tiveram de adaptar-se para seguir sendo consumidas pela sociedade Moderna – como visto na expressão do Futurismo, o qual passou a adotar a ideia de “movimento” nas suas telas. Fora dessa realidade, milhões de brasileiros vivem hoje sem nunca ter assistido a nenhum filme no cinema. Essa problemática ocorre, sobretudo, devido à concentração urbana e ao valor elitista que impedem a democratização do acesso ao cinema no Brasil.
É relevante abordar, primeiramente, a forma como a expansão do cinema se deu no país. Nesse sentido, pode-se perceber que o crescimento foi desigual e ocorreu, majoritariamente, nos centros urbanos – favorecendo a exclusão de milhões de pessoas. Um exemplo disso é que apenas 17% da população frequenta o cinema. De forma análoga, o escritor George Orwell afirma em sua obra “Revolução dos Bichos” que todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros”. Por isso, tal realidade é incapaz de transformar o cenário do cinema atual em democrático.
Paralelo a isso, vale também ressaltar o custo exorbitante cobrado pelo acesso ao cinema. Sob essa perspectiva, é sabido que, por lei, o lazer é direito de todo e qualquer cidadão. Nesse contexto, visando a democratização desse recurso no Brasil, prevê-se o alto custo dos ingressos como forma de elitizar essa arte, isto é, dar o acesso somente aos mais favorecidos economicamente – visto ser o salário mínimo a única fonte de renda de grande parte das famílias brasileiras. Portanto, a filósofa Hanna Arendt já enquadrava a alienação dos direitos constitucionais como dentro do conceito de “banalidade do mal”.
Dessa forma, pode-se perceber como o debate acerca da democratização do acesso ao cinema no Brasil é imprescindível para uma sociedade mais igualitária. Por isso, o Ministério da Economia deve destinar uma verba, por meio da arrecadação dos impostos sobre a população economicamente mais favorecida, para a construção de salas de cinema nos centros rurais e também nas regiões mais afetadas – como o Norte e o Nordeste – a fim de tornar o país mais democrático; além disso, o Ministério da Educação deve implementar visitas escolares anuais ao cinema de todas as crianças matriculadas na rede pública por meio do ingresso gratuito, visando mitigar o processo de elitização social. Assim, a sociedade contemporânea poderá desfrutar das artes de uma forma mais justa.
Democratização do acesso ao cinema no Brasil
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Thiago Barbosa
Olá, muito boa sua redação, apenas algumas ideias para você:
Tente tornar a redação cíclica, se começar o texto falando sobre modernismo ou futurismo, termine dessa forma, os corretores amam quando a redação faz essa retomado no fim, pode observar as “notas 1000”.
Na conclusão, experimente inverter a ordem do conectivos, os corretores ficam saltitantes quando se deparam com isso, ex:
“Pode-se perceber, dessa forma, como o debate pode […]”
Nos vemos na Facul. ABÇS
Boa tarde. Não sou corretor, mas pelo que sei, ficou muito boa a redação. Apenas alguns pontos gostaria de chamar a atenção:
“A popularização do cinema foi de tal forma inesperada que até as artes mais renomadas da época.” Poderia ter escrito, depois de “época”, algo como ” de sua difusão…” porque ficou meio vago, ao meu ver, a palavra época. Além disso, na introdução ( considere como uma dica) eu acrescentaria palavras um pouco menos simples para mostrar os argumentos. Por exemplo, ao invés de ” Essa problemática ocorre, sobretudo, devido à concentração urbana *e* ao valor elitista que impedem a democratização do acesso ao cinema no Brasil.”, poderia ter sofisticado com, por exemplo, ” Essa problemática ocorre, sobretudo, devido *não só* à concentração urbana *mas também* ao valor elitista, *ambos fatores* que impedem a democratização do acesso ao cinema no Brasil. Acredito que isso seja aconselhável pois pode demonstrar que possui maior domínio da língua, aumentando a pontuação, além de aumentar um pouco o texto..