Historicamente, o período pré-ditatorial, conhecido como ‘Anos Dourados’, foi caracterizado pelo alto investimento estatal nos meios que promovem a formação cultural do país, como museus, teatro, cinema, estre outros; viabilizando o desenvolvimento social intelectual. Atualmente, o acesso à arte passou a requerir significativa concentração de capital e, ao invés de ser um meio de expressão individual, é utilizado como forma de estratificação social.Diante desse contexto, é preciso analisar minuciosamente os contrapontos para a efetiva democratização do cinema.
Primeiramente, deve-se considerar a grandiosidade do território que compõem o Brasil e a desigualdade nele presente. Tendo em vista que as salas de cinema estão concentradas nos shoppings, estes, por sua vez, locais frequentados por aqueles formadores das classes média e alta, é irrefutável a exclusão da parcela populacional de baixa renda. Como prova disso, a Ancine divulgou um texto onde explicita que, embora a quantidade de salas cinematográficas tenha aumentado, tal crescimento ocorreu de forma concentrada, uma vez que populações do Norte, do Nordeste e aquelas residentes nas periferias urbanas foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas. Dessa forma, o acúmulo de capital está diretamente relacionado à disponibilidade artística para o desenvolvimento pessoal de cada indivíduo.
Somado a isso, considerado uma forma de arte, o cinema, no atual mundo globalizado, traz consigo uma barganha de diferentes locais e culturas, promovendo a pluralidade das ideias. Com a sua restrição social, há o aumento da alienação, ou seja, a população marginalizada é alvo de fácil manipulação e exploração. Para exemplificar, a protagonista, denominada Fani, da série literária ‘Fazendo meu filme’, da autora nacional Paula Pimenta, encontra sua vocação profissional através dos filmes assistidos, estes de fundamental importância para a formação dela como ser social e sua não desistência frente aqueles que não acreditavam em seu potencial. Portanto, fica evidente a influência do cinema na caracterização da personalidade individual.
Desse modo, pode-se afirmar que o cinema não é de livre acesso para todos os brasileiros, dificultando a formação da postura crítica destes. Como solução, cabe ao governo aumentar o investimento monetário na infraestrutura urbana, com a finalidade da sociedade, de forma igualitária, usufruir de conteúdos artísticos que promovem o pensar. Além disso, a instituição escolar, juntamente com as empresas cinemáticas, como o Cinépolis, devem criar campanhas que incentivem e possibilitem a frequentação de todos os jovens, para a formação de cidadãos informatizados e de difícil manipulação. Ao adotadas tais medidas, certamente haverá a democratização do cinema.
Thaisz21
Introdução: apresentou muito bem a citação histórica juntamente com a sua tese.
Desenvolvimento 1: você inseriu um dado e falou sobre ele em defesa do seu ponto de vista
Desenvolvimento 2: você citou um fato e exemplificou como ele acontece, o comprovando.
Conclusão: ficou muito bem elaborada com o agente, ação e a finalidade. Dica: quando souber, especifique um órgão que cuidaria do problema ao invés de citar o governo :)
FaeleCarvalho
Seu texto é muito bem argumentado e possui clara demarcação de autoria. Possui repertórios legítimas e produtivos que ajudam a defender bem a sua tese. Minha dica é que fuja do uso do “atualmente”, podendo substituí-lo por “Na contemporaneidade”, ou algum outro sinônimo. Acho que sua nota ficaria entre 900 e 1000.
Rayara
Muito bacana seu texto. Aconselho trocar o “atualmente” por algum sinônimo…
Está dentro dos padrões estabelecidos pelo ENEM e apresenta fortes argumentos quanto ao tema. Se seu texto for 100% autoral e feito em uma média de 1h30m, com certeza seu rendimento no ENEM seria ótimo, principalmente no que se diz sobre a redação.
Competência 1 – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa;
(180)
Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;
(200)
Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
(200)
Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
(180)
Competência 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
(180)
Lembrando que não sou profissional, apenas uma estudante. Mas gostei muito de seu texto! :)
ToiaSilva
boa introdução suas idéias estão bem contextualizadas , deveria exemplificar mais na proposta de intervencão como falar o meio q vai ser feito a ação e citar um exemplo de um efeito pretendido para ação sugerida .Seria muito bom tambem usar sinonimos ,o que deixa os textos mais enriquecido ,como por exemplo colocar ” Destartes” no lugar de” Como solução”