Democratização do acesso ao cinema no Brasil

O filme “Bastardos Inglorios”, dirigido por Quentin Tarantino, retrata a vida de uma judia que tem seu cinema tomado pelos nazistas, os quais o torna acessível apenas aos aristocratas. Longe das telas, a realidade não é diferente para muitos brasileiros, haja vista que uma grande parcela da população ainda está distante da produção cinematográfica. Nesse sentido, tal fator é motivado tanto pela falta de incetivo à cultura, quanto pela inoperância governamental frente à pequena quantidade e até ausência de cinemas em algumas regiões brasileiras.
Segundo o filósofo grego, Aristóteles, a arte imita a realidade e por isso é importante que haja uma relação entre a sociedade e ela. Entretanto, os altos preços cobrados para usufruí-la é desmotivador e limita seu acesso à elite social, impedindo assim o direito de lazer das classes sociais mais baixas, o qual é previsto pela Constituição de 1988.

Ademais, as regiões periféricas, por serem localizadas longe dos principais centros econômicos e urbanos, não têm o mesmo acesso à cultura, haja vista que o investimentos governamentais visam as regiões que geram mais retorno lucrativo. Diante disso, é nítido que as produções culturais não são inclusivas e não abrangem toda a camada social, tendo em vista que o simples ato de ir assistir um filme é tão difícil para muitas pessoas.
Portanto, a Secretaria Especial da Cultura, por meio de maiores investimentos disponibilizados pelo Governo Federal, deve apostar em cinemas gratuitos ou com preços simbólicos, a fim de nivelar o seu acesso no Brasil. Além disso, deve incentivar cinemas itinerantes em regiões onde há poucos investimentos culturais. Dessa forma, toda a população terá seu direito de lazer garantido e com acessibilidade aos projetos culturais.