Democratização do Acesso ao Cinema

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     O Artigo 215 da Constituição Federal de 1988 assegura a todos o acesso amplo à cultura no país. No entanto, tal garantia se encontra deturpada, haja vista que muitos cidadãos não gozam, de fato, desse direito. Esse cenário nefasto acontece não apenas pela incúria governamental em investir na educação cultural, mas também pela própria ‘’cultura de aceitação’’ do povo brasileiro. Visto isso, é indubitável que a democratização do acesso ao cinema se tornara um notório desafio.

     A princípio, vale ressaltar que a ‘’cultura de aceitação’’ ocorre em virtude de uma precária educação ou até mesmo inexistente em certos locais. Na obra ‘’Vidas Secas’’ de Graciliano Ramos, Fabiano, o protagonista, é humilhado e explorado por aqueles que detêm a cultura e o saber. Concomitantemente a isso, são muitos os ‘’Fabianos’’ em nossa plaga; seja pela negligência dos órgãos públicos em investir na educação brasileira ou pela extrema mercantilização da cultura que resulta em uma forma de ‘’elitização’’ para a arte, que deveria ser gratuita. Sendo assim, um dos diversos entraves da Constituição Federal.

     Ademais, segundo Aristóteles, a arte é uma forma de representação da realidade, ajudando, então, àqueles que querem conhecer outras formas de realidade, também aprendendo com elas. Nesse viés, uma vez que o cinema se constitui como arte – a sétima arte -, tem a função tanto de lazer, também garantido na Constituição, quanto instrumento de educação. Dito isso, dados da ‘’Folha de São Paulo’’ apontam que, atualmente, possuímos cerca de 3.500 salas de cinema, enquanto há pouco mais de 2 milhões de habitantes no Brasil. Assim, a democratização aos meios cinematográficos se torna um processo demorado e até mesmo o utópico.

     Diante disso, nota-se uma necessidade em investir nos problemas supramencionados. Para isso, cabe o Ministério da Cidadania e da Educação, por meio de projetos estruturais, implementar, em locais menos favorecidos, eventos culturais a fim de promover a arte para regiões desprovidas desse meio de entretenimento. Cabe também os mesmos, investir nas escolas, a devida valorização à arte, por meio de eventos artísticos a fim de promover uma educação de qualidade. Assim, torna-se-á possível uma sociedade que usufrua do princípio da isonomia, elencado também na Magna Carta

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2 Correções

  1. Blz mano ?
    Você colocou a “incúria governamental em investir na educação” como primeiro núcleo de argumentação, e “a cultura de aceitação” como segundo na sua introdução , e você acabou trocando a ordem nos desenvolvimentos. É bobo,mas vale a pena deixar na ordem porque o corretor tira ponto.
    Seu repertório sociocultural está bom e a sua proposta de intervenção também.
    Evite usar “mesmo” na função pronominal,como foi usado na conclusão” Cabe,também,aos mesmos…….. * o corretor também tira ponto rsrsrs
    Vlw

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  2. Adryan gostei bastante dos seus argumentos!
    Só achei que existem muitos argumentos, e se tivesse focado em um, ficaria mais exemplificado e completo.
    A respeito do primeiro paragrafo do desenvolvimento, senti que estava um pouco confuso
    Gostei da conclusão, soube usar o oque, como e para quem!
    Mas acredito que conseguiria 900+ muito fácil!
    Abs, até mais

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