Democratização ao acesso ao cinema no Brasil

Segundo a Constituição de 1988, em seu artigo 5° garante e assegura a todos os cidadãos o direto pleno. Contudo, o cenário atual brasileiro retrocede a essa infabilidade moral, uma vez que há desafios em democratizar o acesso ao cinema. Partindo dessa premissa, é imprescindível analisar suas causas como: a concentração de cinemas em centros urbanos e a falta de investimentos em regiões de baixa renda.

A princípio, é evidente que o acesso ao cinema está estabelecido fortemente em cidades elitizadas. O conceito de Cidade Global— ou mais conhecido como Cidades Alfas— visa demonstrar a sua atuação no sistema econômico global. Nesse sentido, nota- se que somente as regiões Sul e Sudeste tem o total acesso a esse lazer, pois são lugares com maior densidade populacional e um alto percentual lucrativo, deixando ademais pontos regionais excluso desse direito.

Em uma segunda análise, é perceptivel a “inexistência” de salas cinematográficas em âmbitos periféricos e lugares pouco povoados. Conforme á filósofa Hannah Arendt, à essência dos Direitos Humanos é o direito à ter direitos. Sob esse viés, percebe-se que esse panorama contradiz descaradamente o pensamente de Arendt, visto que indivíduos com pouco poder aquisitivo e de classe baixa vivem em uma certa situação desumana, a qual não possuem moradia digna , serviços públicos precários e nenhum suporte para entrada de novas salas de cinemas. Uma situação desigual e tampouco igualitária.

Diante dos fatos apresentados, é de suma importância democratizar áreas pouco privilegiadas, à fim de amenizar essa problemática. Por isso, é importante à atuação do Ministério da Cidadania em parceria com a ANCINE, com a finalidade de levantar investimentos para a construção de novos cinemas em nichos pouco democratizados, para que a população local receba acessibilidade à esse benefício. Assim, garantirmos de fato que o direito seja inegociável.