Deficientes físicos

A deficiência física tem se tornado um assunto cada vez mais debatido nos diversos meios de comunicação e compartilhamento de informação como TV, rádio, redes sociais, plataformas de “Streaming”, etc. E, dessa forma, tal fenômeno propicia um amplo debate acerca de o que implica ser uma pessoa portadora de deficiência na sociedade atual e de que formas todos os cidadãos devem ser atuantes no processo de inclusão e integração social.

Como demonstrado na série “Special”, o protagonista vive uma série de complicações em sua vida pessoal ao alegar que, após um acidente de trânsito, teve uma paralisia facial parcial. A partir daí, pode-se perceber que a sociedade à sua volta – e até ele mesmo – passa a vê-lo, unicamente, como sujeito passivo devido à sua condição física, desvinculando-o quanto a seus demais atributos e qualidades.

Neste âmbito, nota-se que, devido a essa desvinculação entre a pessoa portadora de deficiência e seus plurais atributos, há a criação de estereótipos e arquétipos, distorcendo a imagem e a concepção que a pessoa com deficiência possui de si, contribuindo para mecanismos de segregação socioespacial, de forma prejudicial ao processo de reconhecimento destes indivíduos como cidadãos com respectivos direitos sociopolíticos.

Exemplificando, mais uma vez, este conceito, vale-se citar “Dani Amaral”, uma reconhecida “Youtuber” que, por meio de seu canal, mostra parte de seu cotidiano e suas vivências enquanto uma pessoa portadora de deficiência, demonstrando, na prática, como funcionam seus processos de inserções socioespaciais e, de que forma, ela coloca-se enquanto cidadã atuante, portadora de diversos direitos políticos, civis, sociais e culturais.

Neste contexto, cabe ao Estado, juntamente com seus aparelhos legislativos, a função de redigir leis que, além de proibir, efetivamente, a discriminação e a segregação de pessoas com deficiência, também funcionem como elementos promotores da inclusão social, estipulando, por exemplo, a criação de rampas para o acesso a locais que possuam relevo, na criação de placas voltadas para pessoas com deficiência visual para que possam guiar-se nos locais, e nas demais necessidades relativas aos cidadãos, por meio de parcerias também com as prefeituras municipais.