De volta para o passado

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No filme Crô, o mordomo que ficou rico, há cenas de comédias e brincadeiras. No entanto, o filme também traz uma reflexão no que se diz respeito ao trabalho escravo, visto que há o tráfico de pessoas vindas da Bolívia, onde no meio delas há uma jovem criança, que foi escravizada para trabalhar na produção de roupas, onde Crô fica comovido e a adota. Saindo do filme, essa realidade é muito presente ainda no Brasil, onde a sociedade atual ainda tem resquícios de sua história escravista, causadas principalmente pela alienação de uma vida melhor, imposta pelo malfeitor, onde uma das principais consequências é o trabalho infanto-juvenil, como presenciado no filme, e tão realista na sociedade brasileira.

Como ponto de partida, é relevante afirmar que muitas pessoas são levadas pela força das palavras, onde indivíduos prometem boas condições de vida, mas a realidade é outra: trabalho forçado, espaço de trabalho insalubre e muitas vezes trabalho sem remuneração.  Pegando as palavras de Thomas Hobbes, ele dizia que “O homem é o lobo do homem”, ou seja, o próprio homem ameaça a sua espécie, comprovando que as pessoas não tem clemência uma com a outra, visto que ela é capaz de fazer o próprio mal com a outra sem controle. Dessa forma, é imperativo afirmar que o Brasil está caminhando a passos largos para uma segunda colonização, tendo em vista que se não for tomado providências, o Brasil virará em poucos anos uma China ou Bangladesh, já que o mesmo terá tanta mão de obra beirando a escravidão que grandes empresas serão atraídas para o Brasil, por causa da mão de obra barata.

Em segundo plano, uma das consequências da escravidão contemporânea é o trabalho infanto-juvenil, como retratado no filme. Essa comprovação também pode ser explicada na novela Avenida Brasil, onde crianças e adolescentes trabalham em um lixão e não possuem qualquer liberdade para serem jovens de verdade, já que estão submetidas a um trabalho forçado e altamente perigoso. Pessoas como essas que forçam crianças a trabalharem violam regras impostas pelo PEA (População Economicamente Ativa), tal quais menores de 10 anos não podem trabalhar, apenas maiores de 15 anos, de modo que seja de uma forma aprendiz. Desse modo, a escravidão de menores é uma realidade na sociedade brasileira, tendo em vista que as leis que aqui regem estão sendo sucateadas e não respeitadas, e essa verdade precisa de mais atenção.

Diante dos aspectos retratados, é de suma importância à ação do Estado para combater a escravidão. Com a ação da Polícia Federal, do Ministério dos Direitos Humanos e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é  considerável que esses agentes combatam esse tipo de trabalho que fere o intelecto e físico das pessoas, em especial das crianças e adolescentes, para que os mesmos tenham uma vida livre de escolhas e não centradas em só trabalhar e serem desrespeitadas, fazendo projetos que fiscalizem esse tipo de trabalho, em especial em zonas mais afastadas, como as Ongs, que tem um papel fundamental para que esse tipo de injustiça não seja feita ainda mais em nosso território. Com essas intervenções, podemos ter um Brasil mais respeitado e com menos lobos Hobeesianos.

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1 Correção

  1. DESENVOLVIMENTO 1:
    ❎”comprovando que as pessoas não tem clemência uma com a outra, visto que ela é capaz de fazer o próprio mal com a outra sem controle.”
    ✅visto que elas são capazes…

    “o Brasil virará em poucos anos uma China ou Bangladesh, já que o mesmo terá tanta mão de obra beirando a escravidã…”
    Cadê os dados sobre mão-de-obra escrava nesses países ?

    TE DOU A DICA PRA TREINAR MAIS SUA ESCRITA
    SUA ARGUMENTAÇÃO ESTA MEIO CONFUSA

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